Moda Operandi e o luxo vendido on line. Será?

Em 2011, um quarteto da pesada formado por Taylor Tomasi-Hill, Roopal Patel, e Auslag Magnusdottir, e encabeçado pela poderosa Lauren Santo Domingo, fundou a Moda Operandi.
A ideia era um conceito novíssimo de vender luxo na internet. Sim porque moda é diferente de luxo. Para vender moda já existia a gigante Net.a.porter e milhões de outras, incluindo aí as lojas virtuais próprias de cada marca. 
Moda Operandi não iria vender blusinhas ou sapatinhos. Iria vender um conceito. Para isso, contava-se  com a super influência das quatro, e principalmente com a de Lauren, no mundo fashion. Lauren é a queridinha de 10 entre 10 estilistas e de 10 entre 10 editoras de revistas. 
So far so good. O lançamento do label foi um sucesso! O escritório, localizado em NY, foi fotografado pela Architectural Digest e não havia uma marca ou estilista que não desse um dedo para estar na carteira de vendas. E ainda tinha o olhar apurado do quarteto para descobrir novos talentos que foram rapidamente anexados à grade de fornecedores.










Moda Operandi só vende pela internet e sua forma de divulgação é através de emails para clientes cadastrados. Eu recebo um email por dia deles. Email aliás muito bem feito.

Se as vendas são boas ou não, eu não sei. O que eu sei é que da formação original, só ficou Lauren Santo Domingo, já que Taylor Tomasi- Hill disse adeus esta semana.  Roopal e Auslag já tinham saído no começo do ano. Ou seja, mais uma grande baixa no front.














A verdade é  que a venda de moda pela internet não é mais aquele espetáculo de anos atrás. Net-a-porter foi o site precursor, depois dele, nenhum outro grande site de moda de qualidade teve o sucesso esperado. Só que Net a porter está há anos no mercado e tem uma excepcional  logistica, organização, pessoal treinado, trabalho e muito, muito dinheiro investido.

O que acontece é que muitas marcas tentaram fazer o caminho contrário: primeiro lançar um site de vendas, achando que estando na rede, se firmariam como marca, e não o contrário. E a experiência mostrou exatamente o oposto: primeiro é preciso ter um nome, e marca, fortes e só então se aventurar pelo universo promissor e difícil das vendas on line. E erroneamente o que se pensa é que vender on line é sopa no mel, já que não precisa ter funcionários, portas abertas, nem precisa trabalhar aos sábados, e outras agruras do comércio real. Lêdo engano. A venda on line é tão ou mais trabalhosa do que a real. Sem contar o dinheiro investido.



No caso específico da Moda Operandi o que eu acho, como consumidora, é que muitos emails, lotados de informação, imagens, nomes, preços, cores, roupas, sapatos, brincos, etc, são  simplesmente estafantes e cansativos! Pra falar a verdade estou a um passo de cancelar a minha assinatura.
Para a grande maioria das pessoas, consumir moda é um prazer. É necessário que se tenha vontade, desejo. É necessário que o produto seja sedutor.  Massificado, fica uma chatice e sentimos quase que obrigados a olhar a ´´vitrine´´ do vendedor todos os dias. Como se fosse uma feira. E produtos que sem vendem em uma feira são artigos de necessidade como alface e ovos. Uma bolsa Gucci ou uma calça Prabal Gurung não podem ser expostos nem vendidos em uma feira.





4 comentários:

Anônimo disse...

concordo com tudo, kika! não aguento esse povo que quer vender pelo face e fica entupindo nossa caixa com coisas. Ódio! E no instagram a fofa que coloca tanta foto do que ela vende que não dá pra ver mais niguém. Beijão para vc que sempre dá uma dentro!

Anônimo disse...

É isso mesmo! Difícil acertar a mão e "manter" a mão, não é?! A boa medida das coisas... beijo, kika; como você diz, tanta coisa passa... mas o café coado continua rsss

Anônimo disse...

Kika, o futuro eh online, hj eu compro praticamente tudo online até feira orgânica , nao tenho tempo p shopping moro em metrópole e meu tempo eh bem calculado p meus filhos , marido, casa, trabalho...nada melhor do que descobrir novas lojas online e sinceramente Nunca tive problema com nenhuma, tem muita gente seria mesmo que comecando e sem marca, nada melhor q receber as caixinhas em casa sem precisar sequer pegar o carro...

Anônimo disse...

cada um é cada um, não compro livros pela internet, não perco o prazer de ver, cheirar,ler as orelhas, folhear de um lado para outro, depois sentar , pedir um cafezinho e começar a ler.........meu mastercard não paga isto.....