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Rosa



"Quem elegeu a busca, não pode recusar a travessia, dizia Guimarães Rosa. 

Porque para ele, não importa o ponto de chegada, nem a partida, mas importa e muito, o longo caminhar. É no caminho que está o viver. 

Estamos na travessia da obra de Guimarães Rosa no nosso Clube do livro. Ontem, tivemos o privilégio de ter a Márcia Marques de Morais, especialista nos romances roseanos. Entre uma taça de um bom vinho, um jantar delicioso, e uma boa conversa, aprendemos mais sobre o universo desse gênio. Ler Rosa não é simples., nem fácil. Mas como todo "caminho resvaloso" da vida, existe o prazer e o deleite de fazer esta instigante travessia e conhecer mais do maior autor da língua portuguesa. Afinal o que "a vida quer de nós é coragem".

Obrigada, meus parceiros deste Clube por me manterem de "olhos bem abertos" neste caminhar.





Miguel e o amor



No Teu Deserto é um livro bem fininho e rápido de ler.  Mas é inesquecível. Demoro 5 minutos em cada página, porque leio e releio duas ou três vezes.
O livro conta a aventura de um jornalista de 36 anos e uma jovem de 21, que partem para o deserto do Saara numa expedição.  E durante a viagem, na paisagem árida, o autor mostra que da rotina, da convivência, da confiança e  da amizade, pode surgir um amor poderoso e real, sem os ´´enfeites´´ de quem sonha com um príncipe encantado (ou uma princesa).
Um livro necessário para a nossa geração de mulheres que ainda coloca no casamento perfeito e no amor de contos de fadas, o sonho da felicidade.

O autor, Miguel Tavares é o mesmo de Rio das Flores e do sensacional Equador.
Um dos mais expressivos nomes da literatura mundial, o português além de tudo é um charme (Maitê Proença que o diga. Se é que vocês me entendem...). O livro é em português nativo, por isso é tão interessante. Dá para deixar na mesa de cabeceira para sempre ao lado de Na Praia, Tudo é Rio e Grande Sertão.






Carla

´´É dentro de uma livraria que se escondem os grandes e melhores segredos´´, já dizia a obstinada Florence Green do filme A Livraria.
Eu também acho. 
Num sábado de setembro de 2017, eu estava numa livraria e me indicaram um livro chamado Tudo É Rio. Não sou do tipo que escolhe livro pela capa, geralmente leio a última página. E tanto a última quanto a primeira página do livro eram tão antagônicas e tão improváveis, que não só comprei o dito cujo, como comecei a lê-lo na mesma hora. No fim do dia eu já tinha terminado e já tinha colocado Tudo É Rio na minha lista dos melhores livros da minha vida.
Este ano, Carla lançou seu segundo livro, A Natureza da Mordida. Para marcar o dia, ela recebeu para um jantar em sua casa, com direito a comida divina e leitura de trechos pela própria.

O novo romance de Carla é tão impactante quando o primeiro.  No dia que terminei não parava de pensar um só minuto em cada personagem e nas mordidas - ou sorrisos - que a vida preparou para cada um. 


















Barbara é bárbara

Sempre preferi os rebeldes aos quadrados.
Barbara Gancia está na minha lista de personalidades que gosto.
A jornalista, completamente fora da curva, é inteligente e revolucionária. E, num mundo cercado por patrulhamento de todos os lados, não se furta de falar da namorada, dos vícios, da falta de paciência com a mediocridade, das escolhas erradas, das fraquezas.
A Saideira, seu livro biográfico, Barbara conta partes interessantes da sua vida , foca em sua luta diária contra o alcoolismo,  conta  como conviveu e sobreviveu com o lado negro da força,  e como, finalmente,  o amor e o trabalho a salvaram.

Dia 26, tem lançamento na Travessa. O livro já está na minha lista!



Colunas de Fogo


Desde que li Os Pilares da Terra, em 1900 e Bolinha, Ken Follet entrou na minha lista de autores favoritos.
Gosto do seu jeito rápido de escrever, dos personagens simples, do enredo cheio de idas e vindas, da história por trás da estória e, claro, dos finais previsíveis. 
Sim, porque não tem coisa pior que o protagonista morrer no final, vocês não acham?
Follet é considerado um dos grandes nomes da literatura mundial, não é por acaso.
Nunca li nada dele que não gostasse (Queda de Gigantes, A Chave de Rebeca, Noite Sobre As Aguas). Uns livros são melhores, outros piores, mas é impossível pegar um livro com a sua assinatura e dizer que não gostou!
Coluna de Fogo é da turma dos quase bons. Passado no período medieval, logo após o Descobrimentos, o livro conta as aventuras de Ned Willard, um protestante convicto, que depois de ver sua família ser destruída pela Igreja, se junta à corte de Elizabeth I, enquanto tenta conquistar o amor de sua vida, a corajosa Margery. O livro tem muito romance, sexo, traição, história e as reviravoltas que nos fazem não querer largá-lo. São quase 900 páginas, mas todas surpreendentes! Uma espécie de novelão das nove da Idade Média. Ah, e para quem leu Os Pilares, a famigerada Catedral de Kingsbridge, construída por Tom Builder,  está neste livro também. De pé, nobre e impassível.



Uma Certa Ideia de Brasil


Pedro Malan lançou seu livro Uma Certa Ideia de Brasil.
Pedro, que já transitou como poucos pelos corredores do Planalto, recebeu o mundo político e financeiro na Livraria da Travessa e não parou de autografar os exemplares de seu livro.
Foram 350 autógrafos!
Em seu livro de 500 páginas, Pedro lembra os tempos no Banco Central, o Plano Real, fala de política e, claro, economia.


























O que você prefere?


O que você prefere, amar menos e sofrer menos ou amar mais e sofrer mais?
Para mim, esta é a única e verdadeira questão. Você pode observar corretamente que não se trata de uma pergunta de verdade. Porque não temos escolha. Se tivéssemos escolha, então existiria uma pergunta. Mas não temos. Então, não existe pergunta. Quem pode controlar o quanto ama? Se você consegue controlar, eu te digo: não é amor. Não sei que nome dar a isso, mas não é amor.
É assim que começa o livro do mês do nosso Clube. Com essa pergunta aparentemente simples, mas tão complexa se pararmos para pensar.
A Única História de Julian Barnes, conta o romance conturbado entre um jovem de 19 anos e uma mulher de 52, nos anos 60, época em que a ao mesmo tempo que a liberdade sexual entrava na sociedade pela porta da frente, os costumes moralistas ainda reinavam nas salas e nos quartos.

Até que ponto vivemos uma vida de ´´sofrer menos´´, por conveniência? E amar mais é mesmo crucial? Não podemos simplesmente viver uma vida morna? Sem tanto amor, mas também sem tanto sofrimento? Será, meu Deus, que não pode existir um grande amor com final feliz? Sem sofrimento, senhor Barnes???
Na noite fria de agosto, chegamos a conclusão que ... ninguém sabe a resposta. Cada uma de nós tinha uma Única História para contar. E outras ainda estava escrevendo a sua.
Meu Clube do Livro.... amo vocês. São vocês que sacodem a poeira de uma vida morna. Por vocês eu amo mais e sofro menos!

























O Véu Erguido


Mary Ann Evans começou a escrever em 1944. Sendo mulher, da aristocracia e nascida em 1820, era-lhe praticamente negado o direito de ter um romance publicado.

Inteligente, Mary Ann conseguiu burlar a sociedade conservadora, escrevendo sob o pseudônimo de George Eliot. Uma forma de ver publicado seus livros, homenagear os seu grande amor e preservar sua conturbada vida pessoal. Naquela época, além de escritora, Evans mantinha um tórrido romance com um homem casado, com quem viveu por mais de 20 anos.

O Véu Erguido é um de seus livros mais cultuados hoje em dia. Conta a história de Latimer,
um jovem de  natureza sensível e pouco prática, dono de uma beleza feminina. Latimer é o filho mais novo de um banqueiro e vive à sombra do irmão mais velho, o exuberante Alfred. Aos 16 anos é mandado para Genebra para completar sua educação, que fazia parte de um roteiro pré-determinado da vida de rico que levaria, com o irmão no comando dos negócios. Só que Latimer adoece,a estadia na Suíça é interrompida, e sua vida sofre uma reviravolta quando, convalescendo, ele começa a ter visões do futuro.
Mary Ann Evans também escreveu o clássico A Vida Era Assim em MidleMarch, considerados um dos maiores romances de todos os tempos. Eu não li, mas está na minha lista.
Virgínia Wolff, fã de Evans, disse que gostaria de ´´escrever como ela´´.  









As Horas Esquecidas

´´Pessoas - homens em especial -  adoram gavetas para separar as coisas do mundo. Ora, direis, padrões são mais confortáveis que incertezas. Mulheres, porém, detestam o lugar-comum: flores burocráticas ofendem o amor. Pessoas - homens em especial - adoram nadar em piscinas de medidas conhecidas. Mulheres são o mar. Leva tempo para descobrir o prazer de explorar águas profundas e misteriosas´´

As Horas Esquecidas. Para ler numa tarde gostosa, com calma e com o coração aberto. Recomendo.




FLIP



´´A literatura antecipa sempre a vida. Não a copia, molda-a aos seus desígnios.´´

Durante uma semana, a charmosa Paraty se transformou numa espécie de biblioteca popular com a FLIP.
Pelas suas ruas históricas circulavam autores, editores, críticos, livreiros e leitores.  Em cada canto da cidade, as letras e os livros eram a atração principal, estampados nas fachadas, exibidos em lançamentos, exposto nas estantes, circulando de mão em mão.

Fernanda Montenegro, diva, lançou sua fotobiografia. Tive o privilégio de ter um autografado e de ouvir de perto a grande dama.
Minhas amigas Marina Klink e Vavi Safdie estiveram presentes com seus livros. Muito orgulho dessas mulheres!


Foram dias deliciosos, entre pessoas queridas e especiais. 


























FliAraxá


´´Um país é feito de homens e livros´´

Esta frase de Monteiro Lobato é tão célebre quanto verdadeira. E eu acredito sinceramente no poder da literatura como elemento transformador, educador e revolucionário.
Tanto que lá fui eu  para o FliAraxá, o maior festival literário do estado.
Foram 3 dias convivendo -  vendo e ouvindo -  de perto com os grandes nomes da literatura brasileira. 
Marina Colasanti, Ana Maria Machado, Silvana Gontijo, Marcelo Xavier, Marcelo Rubens Paiva, Eugênio Bucci, Luiz Ruffato, Márcia Tiburi, Carla Madeira, Leila Ferreira, Amyr Klink, Claudio Prado, e tantos outros.
E ainda tomei café da manhã, e papei como se fosse uma vizinha, com meu ídolo Gonçalo Tavares, o genial escritor africano (ele nasceu em Luanda, mas vive em Portugal há anos), cotado para concorrer ao Nobel de Literatura.
Para uma amante das letras como eu, o Grande Hotel de Araxá era um verdadeira Disney cultural!!!
Não é fácil organizar um evento do tamanho do FliAraxá se não houver o apoio do estado e a presença do público. É como tirar leite de pedra.  E quem "tirou" esse leite foi o incansável Afonso Borges, o homem do Sempre um Papo.   Graças ao  esforço pessoal, o FliAraxá foi um sucesso! Milhares de pessoas circulavam pelos corredores do hotel, pela enorme livraria montada na entrada, pelos restaurantes, pelas salas de debates, pelos parques e jardins, sempre com um livro na mão e um ideia na cabeça!
Que venha a edição 2019!!!! Estarei lá!!!!
#fliaraxa



































































Beije-me Onde o Sol Não Alcança

´´Beije-me Maurice. Beije-em onde o sol não alcança.´´

Confesso que quando comprei este livro, o fiz pelo título e pela capa. Imaginei que seria um romancesinho água com açucar e talvez um pouco picante, desses que a gente lê na sala de espera do dentista, uma espécie de Julia Quinn em português. 
Que nada.
O livro da historiadora Mary Del Priore, é muito mais do que o romance entre uma mulher submissa e um conde russo. É uma aula de história.
É um retrato romântico e fascinante da queda dos grandes barões do café, a mudança social no Vale do Paraíba e a consequência para o país com o fim da escravidão.

Beije-me Onde o Sol Não Alcança foi nosso livro do último clube do livro, e além da história brasileira como pano de fundo, o papel da mulher na sociedade daquela época, suas escolhas e suas limitadas possibilidades, foram o tema do nosso encontro.
A noite estava gelada lá fora, e dentro da  casa da Tina  Lage, um capeleti quentinho, flores frescas, um bom vinho e a companhia de minhas fiéis colegas de literatura, esquentaram o coração e a alma.



O Mundo como ele vê

“Mais uma vez recorro ao meu estimado leitor e a minha querida leitora: discordem, concluam, concordem ou lamentem, mas sempre leiam e formem sua própria peça multifacetada da aventura do saber. A magia do conhecimento é maior do que todos nós. Radicalismo derruba democracia e nunca edifica de verdade. A internet deu o estatuto de intelectual orgânico a todos que tiverem acesso à rede. É o eclipse do conhecimento em si e o despontar da militância catequética. Nunca associei ética à fé ou a sua ausência. Temos ateus e religiosos éticos, bem como violências ligadas aos dois campos. O complicado, ultimamente, não é crer ou não crer em Deus. O difícil é crer no homem. É árduo acreditar em si. Narrar uma história para uma criança é colocar uma marca indelével na sua formação. Creia-me: ela pode esquecer os nomes, no entanto a experiência será eterna. Para sempre, estarão no fundo da mente, dialogando com outras histórias.”

O novo livro do filósofo pop, Leandro Karnal mostra o mundo como ele o vê. A partir desta semana nas livrarias.







Papel rosa

Jennifer Egan é considerada uma das grandes escritoras americanas da atualidade, lado a lado com a genial e reclusa, Donna Tartt. As duas são vencedoras do prestigioso Prêmio Pulitzer, e ganharam o seu antes dos  50  anos. Não é para qualquer um.

Donna demora em média 10 anos para escrever um livro. Como O Pintassilgo foi lançado em 2014, sabe lá Deus quando teremos outro livro dela.
Já Jennifer acaba de publicar o seu novo romance, Praia de Manhattan e já colhe boas críticas.
A Folha de SP, sempre durona, rasgou elogios.

Passado nos tempestuosos anos 1940, o livro acompanha Anna Kerrigan e Dexter Styles em um universo noir povoado por gângsteres, mergulhadores e banqueiros.
Com quase 12 anos, Anna acompanha o pai à casa de Styles, uma figura enigmática que pode ser crucial para a sobrevivência de sua família. Durante a visita, ela fica completamente hipnotizada pelo mar em volta da construção e pelo mistério que ronda a relação entre os dois homens.
Anos depois, o pai de Anna desaparece. Já adulta, ela se torna a primeira mulher mergulhadora e conserta os navios que vão ajudar o país durante a Segunda Guerra Mundial. É nesse cenário que, em uma noite de folga, reencontra Styles em uma boate. Certa de que ele pode ajudar a desvendar os segredos que envolvem a história do pai, Anna inicia uma relação tão improvável quanto perigosa.

O livro já está na minha mesa de cabeceira, embora eu tenha achado a capa horrorosa!!!! Um mistura de polvo com cadáver em tons pastéis! Há muito não vejo uma capa tão medonha! Mas, Egan é Egan, então vamos lá! Vontade de encapar com papel rosa...





Persistência e Determinação

Persistência e Determinação. É esse o nome do livro que o maestro João Carlos Martins promete lançar já no segundo semestre.
A comovente história de vida de Martins, sua fé e garra são o mote do romance.




60


Eu ainda estou nos 50, mas o livro da Roberta Zampetti já foi um presente adiantado para quando os 60 chegarem. Ainda estou no começo dele, mas já dá pra perceber que Roberta escreve com o mesmo talento que a consagrou na TV.
Robeta pegou um tema que embora seja tão atual e importante, é tratado com um certo preconceito, como se falar de velhice fosse feio e desnecessário. Bobagem. Se não envelhecermos será pior, aí teremos que falar da morte. Se é que vocês entendem... 
O fato de que a população está envelhecendo e com as diversas questões em torno do tema, o livro trata de forma leve e bem-humorada da importância da perseverança, determinação e atitude positiva após os 60 anos e de como lidar com essa evolução que provoca - além das significativas mudanças pessoais - transformações nas rotinas das famílias e das cidades, que influencia diretamente a economia, assim como a forma como lidamos com a vida e também com a morte? E para quem chega à velhice, como transformar essa mutação natural em uma experiência prazerosa? Roberta não tem todas as respostas mas tem a sua experiência própria. E como dizem os filósofos, nada supera o conhecimento de quem já viveu.
Na minha lista dos livros necessários.



Te cuida, Dan Brown!


O dia em que o presidente desapareceu.
O nome já é sugestivo e a data escolhida para o lançamento também: 04 de junho.
Aí a gente lê o nome do autor e quase não acredita: Bill Clinton! E logo abaixo, James Patterson, o mestre dos trillers. Juntos!
Dan Brown que se cuide, porque vem aí um novo Código da Vinci, só que com potência mais explosivo, porque ninguém melhor que um ex presidente para contar exatamente o que se passa nos corredores da Casa Branca.
Dica: reserve o seu exemplar, porque com toda certeza não ficará um único nas prateleiras das livrarias.
Já pedi o meu!









O lápis que parou a bala


Malala Yousafzai  não deixou mesmo que uma bala a calasse.

Nem uma bala, nem a violência dos radicais islâmicos, nem um mundo hostil às mulheres. 
Tal qual Marielle, se acharam que matando-as fossem cala-las, erraram, queridos.
A voz de ambas foi amplificada em mil!
Malala virou símbolo da resistência contra a violência, recebeu o Prêmio Nobel em 2014 e tornou-se uma mulher genial e uma grande escritora. 
Seu primeiro livro infantil foi elogiadíssimo pela crítica especializada e encantou os leitores ao redor do mundo.
Sua história é contada contada de maneira delicada e poética, mas com toda a coragem e força.
Um exemplo para meninos e meninas que tem um mundo inteiro para enfrentar.

Leitura obrigatória para os pequenos.



O que você quer ver?



Não gosto de livros de auto-ajuda. Talvez seja este o único gênero literário que eu não leio de jeito nenhum. Com uma única exceção para o da Oprah, que aliás, é muito bom.
Enfim, me interessei por As Coisas que Você Só Vê Quando Desacelera, porque foi escrito por um mestre da Atenção Plena, pilar do Yoga.
De tempos em tempos, surge um livro que, com sua maneira original de iluminar importantes temas espirituais, se torna um fenômeno tão grande em seu país de origem que acaba chamando a atenção e encantando leitores de todo o mundo. Escrito pelo mestre zen-budista sul-coreano Haemin Sunim, As coisas que você só vê quando desacelera é um desses raros e tão necessários livros para quem deseja tranquilizar os pensamentos e cultivar a calma e a autocompaixão. Ilustrado com extrema delicadeza, ele nos ajuda a entender nossos relacionamentos, nosso trabalho, nossas aspirações e nossa espiritualidade sob um novo prisma, revelando como a prática da atenção plena pode transformar nosso modo de ser e de lidar com tudo o que fazemos. 



Original

Entre Irmãos estreou ontem na Globo e a crítica foi só elogios para o trabalho das atrizes e a direção. Mas para quem prefere o original, o livro que inspirou  a mini-série é um tesouro.

Passada nos idos de 1920, Entre Irmãs conta a história de duas irmãs orfãs, Emília e Luzia, que vivem em Pernambuco e se destacam por serem as mais famosas costureiras de Taquaritinga do Norte. Mas em comum as duas só tem o talento para linhas e agulhas. No mais, são como água e vinho.

Morena e bonita, Emília é uma sonhadora que quer escapar da vida no interior e ter um casamento honrado. Já Luzia, depois de um acidente na infância que a deixou com o braço deformado, passou a ser tratada pelos vizinhos como uma mulher que não serve para se casar e, portanto, inútil.

Um dia, chega a Taquaritinga um bando de cangaceiros liderados por Carcará, um homem brutal que, como a ave da caatinga, arranca os olhos de suas presas. Impressionado com a franqueza e a inteligência de Luzia, ele a leva para ser a costureira de seu bando.
Após perder a irmã, a pessoa mais importante de sua vida, Emília se casa e vai para o Recife. Ali, em meio à revolução que leva Getúlio Vargas ao poder, ela descobre que Luzia ainda está viva e é agora uma das líderes do bando de Carcará.
Sem saber em que Luzia se transformou após tantos anos vagando por aquela terra escaldante e tão impiedosa quanto os cangaceiros, Emília precisa aprender algo que nunca lhe foi ensinado nas aulas de costura: como alinhavar o fio capaz de uni-las novamente.