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Maye Musk

Em 1949 o mundo se recuperava do fim da guerra e dos terríveis bombardeios áereos  e tudo o que todas as famílias queriam,  era sossego.
 Todas, menos a dos canadenses Wyn e Joshua Haydman.
Eles queriam voar e mostrar aos filhos que o mundo não se resumia simplesmente  à parte norte da América.
E assim eles fizeram. Mudaram-se para Pretoria, na África do Sul, e no seu pequeno monomotor percorreram toda a África e a Austrália com os quatro  filhos pequenos à bordo.
Enquanto viam o mundo de cima e mostravam aos filhos a imensidão deste planeta, os Haydman filmavam tudo. A aventura sem fronteiras rendeu um belo documentário que ganhou vários prêmios e ficou famoso no país. 

Junto com as belezas do deserto, a filha do casal também ganhava fama: Maye, uma bela adolescente de 16 anos despontava como uma beldade. Alta, loira, comunicativa e inteligentíssima, Maye disse aos pais que não queria mais voar. Queria andar em terra firme. De preferência nas passarelas dos desfiles de moda. E assim ela  fez e tornou-se uma modelo conceituada, numa época em que ser modelo não era bem uma profissão bem sucedida.

De modelo aos concursos  de beleza foi um pulo e a menina Maye ganhou a disputada  coroa de Miss South Africa em 1968. 












Alguns anos depois, Maye se casou com o brilhante engenheiro Erron Musk  com quem teve 3 filhos: Elon, Kimbal e Tusca. A carreira de modelo foi deixada de lado, mas Maye com seu temperamento forte, continuou trabalhando, desta vez lançando uma linha de produtos dietéticos.

Em 1970, veio o divórcio e Maye sofreu com a decisão dos filhos de quererem morar com o pai. ´´Foi a época mais difícil da minha vida´´, conta ela. Depois de formados, os filhos mais velhos decidiram morar  no Canadá e Maye foi junto, o que deu a ela a chance de viver  novamente com eles.







































Tendo tido uma educação informal e interessante, Maye passou para os filhos o hábito da leitura e a importância da cultura e do saber.  E teve sucesso. Seus três filhos são profissionais brilhantes.
Kimbal é um cineasta conceituado, Tusca fundou a Kitchens Food  e  Elon é o todo poderoso presidente da  gigante Tesla Motors e da SpaceX. Dizem que foi ele que inspirou o personagem do filme o Homem de Ferro. Elon, de 46 anos, foi considerado uma das 100 pessoas mais influentes do mundo e está na lista dos homens mais ricos do Vale do Silício.
´´Meus pais me ensinaram que o saber está na capacidade de compreender  o mundo que nos cerca. E para isso é preciso experimentar este mundo´´, disse Elon.


















Filhos encaminhados, casamento desfeito, netos pequenos, Maye decidiu que era hora de voltar aos holofotes. Com seu porte de rainha, seu farto e bem cuidado cabelo prateado,  e sua beleza clássica, ela foi contratada para diversos trabalhos como modelo, desde a GAP até a Virgins América, passando pela Swaroski e Rolex.
Aos 68 anos, linda e em forma, Maye foi capa de mais de 10 revistas, entre elas a Vanity Fair, onde foi chamada de It Girl, título que ela agradeceu, mas disse que preferia ser considerada uma ´´mulher maravilha´´.
Adepta da Yoga, da alimentação natural e ateia, Maye é a encarnação da elegância. Zero de botox, zero de preenchimento e zero de afetação. Maye é chique e ponto.
´´Maye foge completamento dos padrões das mulheres de plástico de hoje em dia. É como água no deserto´´, disse Giorgio Armani.
´´ Ela é a prova de que existem mulheres bem cuidadas, é verdade. Mas que existem mulheres que simplesmente são belas, porque junto com a beleza vem a inteligencia, a classe e a elegância´´, escreveu Patrick Demachlier na Vogue.




















´´Quando eu crescer, quero ficar igual a ela´´, disse Gwyneth Paltrow na Vanity Fair.

























Mas nem tudo são flores, afinal. Maye perdeu um neto ainda bebê o que a abalou profundamente. E embora Elon seja um gênio inventivo e bilionário, seu comportamento e suas filosofias de vida o levam a ter conflitos com a mãe e com a família.  Mas Maye parece  ´´feita de um material especial, encontrado no deserto Africano´´ , como disse sua filha, que a deixa cada dia mais bonita e com um sorriso iluminado, o que faz com todas as grandes marcas do planeta queiram tê-la como top model.

Afinal,  de artificial, já basta todas as outras milhares de mulheres no mundo.








Nike Cortez, você ainda vai ter um!


Nos anos 70 o resto do mundo estava enfeitiçado pelo estilo de vida americano: a fast fashion, o fast food, a ginástica e principalmente a aos esportes. Era a era do jogging como um hobby.

Bill Bowermann, fundador da Nike percebeu que precisava desenvolver um calçado esportivo que pudesse ser usado não só por atletas profissionais mas também por corredores de fim de semana. 
Em 1972 a sua empresa, a Nike, lançava o tenis Nike Cortez, um calçado feito em couro com a logomarca em azul e vermelho, bico reforçado e solado de borracha. 
Bill nunca podia imaginar que anos depois, seu tenis se tornaria um dos ícones fashion mais desejados do universo.

Farrah Fawcet fez história quando posou para a campanha da série As Panteras, calçando um Cortez e andando de skate, com jeans e cabelos ao vento. Todas as mulheres queriam ser Farrah e o Cortez vendeu como pão quente!

Forrest Gump ganhou um par de Cortez de presente e nunca mais parou de correr.










































Clássico

De roqueiros a líderes de gangs, passando por atletas e modelos, todos usam  o clássico Nike Cortez.

De fato eles são macios, confortáveis, duráveis e cheios de estilo.
E tornaram-se um verdadeiro clássico, tal qual um jeans 501, uma camisa branca ou um Rolex.




















































Dicas para usar o seu:

- O Cortez clássico é o de couro,  que tem a marca em vermelho e azul ou o todo branco, meu preferido.
Eles ficam lindos com jeans skinny ou com calça de alfaiataria.
Com short ou com saia.
Com blazer ou com jaqueta perfecto.
Ou seja, não tem tempo ruim para um par de Cortez!

- Diferentemente das bolsas de qualidade, o Cortez fica lindo quando está novo! Então todo o cuidado é pouco. Mantenha o seu sempre limpo, lave a barra da sola e passe um pano úmido no couro. Os de suede podem ser conservados com os sprays próprios.

- Nunca use o seu Cortez com meias, please! Usados com meias eles deixam de ser estilosos e passam a ser cafonas! Como as meias são absolutamente dispensáveis, um talquinho antes do uso é fundamental. Recomento o da Granado da linha Rosa. Use e depois me conte se não faz toda a diferença








































































Huma Abedin


Nos círculos políticos de Washington, Huma Abedin é considerada a terceira mulher mais poderosa da América. Só perde para a chefe, Hillary Clinton, e para Michelle Obama, que ainda é a First Lady.
Mas caso Hillary vença a disputa e assuma a Casa Branca, Huma subirá ao patamar do poder. Huma é hoje o braço direito e esquerdo de Hillary, além de sua amiga pessoal, amiga da família, confidente, assessora, chefe de gabinete e secretária. Poucas pessoas conhecem tão a fundo a futura presidente americana como Huma.











Huma representa bem a diversidade nas famílias americanas: ela é muçulmana praticante, casada com um judeu, nascida em solo americano, filha de mãe paquistanês e pai indiano.
Ainda criança mudou-se com a família para a Arábia Saudita onde estudou. De  volta aos Estados Unidos, aos 19 anos de idade, passou com louvor e conseguiu um estágio na Casa Branca, no gabinete da então Primeira Dama, Hillary Clinton. 











Hillary logo percebeu o vigor, a rapidez de raciocínio, a inteligência, a competência e a lealdade da jovem estagiária. De lá pra cá, Huma galgou todos os degraus ao lado da chefe. 
A juventude de Huma e sua religião levaram os críticos de Hillary a lhe fazerem duras críticas, desde alegarem inexperiência política, até a acusarem de estar por trás do caso dos emails da candidata. Aos críticos  Huma respondia com trabalho, trabalho e mais trabalho. 


´´Huma tem a energia de uma mulher de 20 anos, a confiança de uma de 30, a experiência de uma de 40 e a graça de uma de 50´´, disse Hillary à revista Vogue.
















Mas Huma tem um calcanhar de Aquiles: um marido galinha. Há alguns anos atrás, Anthony Weiner, o marido, foi pego quando enviou por engano, fotos suas de cuecas para um mulher  com quem mantinha um caso, em sua conta de Twitter pública. Em meio segundo, todos os Estados Unidos viram o marido magricela de Huma de roupas de baixo e em posição de ´´sentido´´, mandando recadinhos calientes para uma ´´amiguety´´. Foi o fim da carreira do sujeito, que era deputado por Nova York. 
Huma fez como a chefe  e ... perdoou o marido. E fez ainda mais: ajudou- a se recolocar politicamente e incentivou a se candidatar a prefeito. Mas, como galinha é galinha, outras fotos comprometedoras do traíra tornaram a aparecer para desgosto de Huma, o que enterrou de vez suas chances de ser eleito.










Com um filho pequeno e muito trabalho, Huma novamente perdoou o malandrote. Então veio a vitória de Hillary como candidata democrata e o sonho que ambas sempre sonharam estava prestes a se realizar: a Casa Branca.
Huma trabalhou como uma louca para a campanha de Hillary. E o marido? Ah, adivinhem! Em casa cuidando do filho? Claro que não! O folgado enviou mais uma vez fotos suas, novamente de cueca (que coisa, hein?! Freud explica...) para outra de suas amantes que tratou de entregá-las a um jornal.
Foi o fim para Huma. No mesmo dia, sem uma gota de vacilo, Huma soltou a seguinte nota: ´´depois de ter feito um longo e doloroso esforço pelo meu casamento, decidi me separar de meu marido. Permanecermos devotados a fazer o melhor pelo nosso filho´´. 
Nada de ´´continuamos nos respeitando´´ ou ´´somos amigos´´. Ela deu o recado em alto e bom som: pôs o safado para correr.

Mesmo com  bomba da traição em todos os jornais, Huma não se abateu e fez do trabalho seu conforto.  ´´Ninguém segura mais ela. Está com a corda toda!´´, dizem seus colegas de trabalho.
Um dos principais críticos de Hillary foi perguntado o que gostaria  que Hillary fizesse por ele: ´´me dê Huma Abedin de presente´´.
Sem chances! Huma e Hillary são devotadíssimas uma a outra, tal e qual mãe e filha. Inseparáveis e leais.


















Para ajudar a aumentar a curiosidade em torno de Huma, alguns republicanos declararam que ela é uma espiã saudita. 
Ela nem liga, afinal tem gente que acredita que Elvis não morreu e que o homem não foi à lua.
E quando falam sobre o processo de divórcio do marido malandro, Huma não dá uma palavra. Se limita a colocar um batom vermelho e posar linda, em sua sala, para a Vanity Fair!







Os Gucci




“Todas as famílias felizes se parecem, cada família infeliz é infeliz à sua maneira“.

Anna Karenina, de Leon Tolstói (1873).




Guccio Gucci nasceu na Itália, numa região onde em cada dez moradores, nove são artesãos e um é padre. Ele, era um dos nove. Foi assim que nasceu a Gucci. A marca cresceu, se expandiu, virou sinônimo de luxo e sofisticação. As cores da Gucci, o verde e vermelho, foram bem significativas para a família também. O verde do dinheiro e o vermelho do sangue.  Enquanto a marca conquistava o mundo, a família Gucci se engalfinhava por poder.  Morte, traição, assassinato, ódio, amor e drama. Enquanto milhares de bolsas Gucci com alças de bambu eram disputadas nas lojas, outras bolsas eram vistas voando na janela da fábrica, sinal de que a família estava se reunindo. Mulheres  glamourosas e de caráter duvidoso, filhos processando os próprios pais e para coroar, o assassinato do herdeiro a mando da esposa. Mais italiano, impossível.


A dinastia Gucci, suas loucuras, poder, fascínio, glamour, luxo e  poder, está bem contada no livro de Sarah Gay Forden, Casa Gucci. O livro é de 2008, mas com a saída da prisão de Patrizia Gucci, tudo veio à tona de novo. E os Gucci estão em evidência, tanto pela marca, que é hoje uma das mais valorizadas do planeta, quanto pelas tragédias e ódio  que destruíram a família. 






























Elisinha Moreira Salles

Nos anos 50 e 60 não existia mulher mais chique no Brasil do que Elisinha Moreira Salles.
Segunda mulher do banqueiro Walter Moreira Salles, Elisinha era uma moça discreta e bem educada, filha de empresários mineiros, quando conheceu o já poderoso Walter, recém separado de sua primeira mulher. Para não escandalizar a tradicional sociedade, o casal conseguiu a anulação do casamento do banqueiro  no Vaticano e casou  na França. Durante anos, Elisinha foi a responsável pelas mais memoráveis festas e jantares do high society da época. Ninguém recebia como ela. Discretíssima e simples, Elisa não gostava de festas. Sentia-se bem apenas com a família e seus empregados de longa data. 


Essas e outras histórias da vida intensa, trágica e glamourosa de  Elisinha serão contadas em um filme preparado pelo seu filho João Moreira Salles. 










Grace & George

Quando se casou com Rainier e se tornou Princesa de Mônaco a primeira coisa que Grace Kelly fez foi remodelar o Palácio Grimaldi, sua nova residência.
Para a tarefa, ela contratou George Stacey, o decorador americano, seu amigo de juventude e queridinho das Old Money da época.
O mundo olhava para Grace. Não havia nenhuma mulher mais adorada do que ela. George, feliz da vida, praticamente se mudou para Mônaco e começou a trabalhar. 

Junto com o trabalho, a amizade entre os dois ficou mais forte e em pouco tempo, e para o resto da vida, George foi um dos melhores amigos de Sua Alteza. 







George era discreto, culto, inteligente e tinha um bom gosto e uma audácia fora do normal. Suas casas eram elegantérrimas, mas sempre com um toque de irreverência, como os dois pendentes brancos que ele pendurou na sala íntima de Grace em Mônaco.









Além de Grace, George também se tornou amigo e confidente de Caroline, que foi viver em Paris e passava temporadas com George, que lhe ensinou a gostar de arte e arquitetura e a ter paixão pelas Chinoiserie.







Até Rainier, sisudo e sério, se rendeu a George. Sua Alteza fazia questão de se encontrar com o decorador sempre que ia a Paris.






George se manteve fiel a sua amizade com os Grimaldi até o fim. Nunca fez uma inconfidência, nunca revelou segredos e nem se gabava de ser um dos poucos hóspedes dos Grimaldi em Mônaco. Um homem elegante, em todos os sentidos.











Na América, sedenta do peso da nobreza européia, mas também ansiosa pelo novo, George era um sucesso. Entre suas clientes estavam Ava Gardner, Diana Vreeland e Babe Paley.








Seu trabalho e seu legado estão no belo livro George Stacey de Maureen Footer. Imperdível para quem gosta de decoração e de estilo.