Fico com a pureza da resposta do André

O luxo vem sendo discutido de forma sistemática há anos. O luxo pelo luxo, já cansou e ninguém nunca conseguiu defini-lo exatamente. E tome palestras, pensadores, livros, pesquisas. E o luxo continua uma incógnita. Mas como o assunto interessa e rende cifras altíssimas, a pergunta  agora  é:  O que é o novo-luxo? 

        Para o filósofo francês, Gilles Lepovtsky, que tem milhares de admiradores e desembarca na Faap para novos cursos, o  novo luxo é o bem-estar. É o consumo para o que nos dá prazer e não para o que dá prazer aos olhos dos outros. Ou seja: consuma para você  e não para exibí-lo. Para Gilles, quem procura o luxo, não vai para um hotel em busca de torneiras de ouro, mas sim, em busca de silêncio e tranquilidade.

     Já para Oscar Metzavath, da Osklen, ''o  que é de luxo custa mais caro e é para poucos, mas pode ser nobre e não simplesmente esnobe.'' E ele vai além:  ''Nobre é comprar menos coisas''.

E a discussão não tem fim. E o mundo consume como nunca. E as pessoas consomem cada vez mais para os outros do que para elas mesmas.

Aliás, penso que cada vez mais as pessoas nem sabem ao certo o que elas querem, nem o que elas precisam. Elas simplesmente seguem o fluxo. Elas consomem, consomem, consomem. E nem sabem ao certo para quê. 

No meio da discussão toda, ainda acho que o luxo é inexplicável, indefinível. O que é luxuoso para uns, não é para outros.  O que é precioso para mim, pode não ser para você. 

 André Leon Talley, ex-Vogue, e em luxento politicamente incorreto, porém dono de uma personalidade fortíssima e conhecedor profundo do que é sofisticação,  disse tudo: