Nam Kempner


''Não existe nenhuma mulher chique na Ámerica. A única excessão é Nam Kempner.''
Diana Vreeland


Nam Kempner sabia muito bem que para ser uma mulher considerada chique para os padrões da grande Diana, era preciso muito mais do que se vestir bem.

Além de chiquérrima, rica e alegre, Nam era inteligente, culta, amava as artes e promovia os mais empolgantes e rentáveis bailes de caridade que Nova York já vira.










Nam, uma WASP de San Francisco, ao casar-se com o empresário Tom Kempner sabia que para acompanhá-lo, teria que abrir mão de trabalhar. E lá foi ela cuidar dos filhos, da casa e dela mesma. Mas a vida doméstica não era para ela. Linda, alta, magra, com dinheiro sobrando e com uma elegância natural, Nam logo tornou-se uma das mais famosas socialites de Nova York. 


E foi então que ela mudou todo o conceito do que é ser uma socialite. Pelo menos no hemisfério norte. Lá, uma socialite é muito mais do que um cabide para griffes.










Nam adorava moda.  Tinha um bom gosto impressionante e uma noção do que lhe caia bem. Os costureiros eram loucos por ela e faziam figa para que Nam usasse um de seus modelos nas grandes festas. Ela fazia trabalhos periódicos para a Vogue e a Bazaar e doava o salário recebido com pompa, circunstância e flashs.










Além da moda, Nam tinha paixão pelas artes e pela cultura.  Promovia saraus, vernissage e eventos onde lançava novos talentos e apoiava outros. 


Ao lado do marido, foi ela a precursora das patronesses, aquelas mulheres que promovem festas e bailes para angariar fundos para obras sociais.  E Nam as promovia como ninguém. Com seus eventos, Nam construiu uma ala inteira do Memorial Sloan- Kattering Cancer Center

Alegre e divertida, Nam tinha assunto para todos e sabia de tudo. Conversava numa mesma noite com um Kennedy sobre política e com Julio Iglesias sobre bronzeamento. 

Era amiga de bailarinos, costureiros e banqueiros. Transitava com a mesma elegância pelos desfiles de moda e pelos eventos em Washington. 

Depois de Nam, a vida social ganhou outro peso e outra medida. Era preciso fazer e não simplesmente ter.









Nam era adorada pelos amigos. Quando morreu, aos 74 anos, foi que a família percebeu que entre seus admiradores estavam,  além do mundo da moda, artistas, músicos, médicos, crianças das fundações que ela ajudava e quase todos os porteiros da Quinta Avenida onde ela morava e para os  quais sempre tinha um ''bom-dia'' para dar.  














Vreeland, uma fashionista,  tinha razão quando disse que Nam era elegante. Nam tinha a elegância que não se copia:  a elegância que vem da educação, da cultura e da solidariedade.










4 comentários:

Anônimo disse...

E aqui no Brasil está sobrando dinheiro - para alguns - e faltando elegância - para todos.

Marinez disse...

HA....COMO SÃO BOAS AS SUAS HISTÓRIAS...........

Anônimo disse...

Adoooooro!!!!!!! Essas historias !!!! Carol lawall

Anônimo disse...

Adoooooro!!!!!!! Essas historias !!!! Carol lawall