Febem

Ontem eu li uma história, passada em 1998 numa cidade do Mississipi, sobre um menino de 12 anos, que embora tivesse boa índole, vivia numa comunidade pobre e violenta, e estava dando um trabalho danado para o avô, com quem morava, porque após a aula não tinha o que fazer. Um pastor da igreja da região deu emprego para o guri. Ele cortava a grama da reitoria, limpava o jardim, recolhia o lixo, cuidava do cachorro, fazia pequenos consertos. Era jeitoso, chegava pontualmente e adorava o ofício. Recebia U$40,00 por semana, dos quais o pastor ficava com $30,00 e dava o resto para o garoto comprar balas na escola. Com o dinheiro juntado pelo pastor,  em 1 mês o menino pode, finalmente,  comprar sua primeira bicicleta, que exibia com orgulho. Virou uma referência sobre a teoria de que o trabalho só faz bem.

Já pensou se fosse aqui? Com tantas PEC´s, PACs, Estatuto Do Menor, Lei do Silêncio, Carteira de Trabalho, FGTS, INSS, Bolsa Família, Bolsa Gás, Lei disso e daquilo? O pobre do pastor já estaria enquadrado em todas elas e o garoto, com a cabeça vazia e as más companhias rondando, já estaria na Febem! Ok, eu sei que não é Febem, que mudou o nome, mas eu nasci em 1966 e era Febem!

Antes que me joguem na parede, eu super a favor de todas essas leis. Acho até que chegaram tarde. Só quis mesmo contar o caso e dizer que não entendo o nosso país.










7 comentários:

Rachel Naves disse...

Kika,
Adorei o post. Concordo 1.000%!!!!!
Nasci em 78, tb conheço por Febem!!
bjs
Rachel Naves

Louise disse...

Kika,
Concordo com você em gênero, número e grau.
Estamos vivendo no Brasil uma era controversa de "bolsas", em que a meritocracia foi abolida e o clientelismo se disfarça de "políticas públicas"para solução da pobreza...
Aprisionando pessoas em mendicância disfarçada de bolsas, dando a elas "o peixe" e desestimulando-as a querer aprender a pescar, criamos um vasto curral eleitoral submisso, desestimulado, inapto e indigno...
Essa sua história ilustra bem a frase clichê/ verdade absoluta e inconteste, "o trabalho dignifica o homem".
Já o oposto... Bem, o oposto infelizmente vemos nos jornais brasileiros todo santo dia...
Abraço,
Louise

Anônimo disse...

Só passei p t dizer q vc é DEMAIS!! Queria tanto que vc morasse em Brasília p ser sua amiga! rsrs
Ale

Anônimo disse...

Por aqui a situação é bem diferente. Menores não podem trabalhar mas podem ficar nas ruas, roubando e pedindo esmolas. Menores não podem trabalhar mas podem matar, estuprar, vender drogas. Realmente é inacreditável a mentalidade e o cérebro deturpado dos nossos políticos.

Kika Gontijo disse...

Oi Rachel!
Não é péssimo quando as coisas mudam de nome e a gente fica perdida?
Beijos carinhosos!!!

Kika Gontijo disse...

Louise, querida!
Como dizia o indignado, rebelde e contestador Renato Russo: ´´Que País é Esse?´´
Beijos carinhosos,
Kika

Kika Gontijo disse...

Ale, querida!
Mas nós já somos amigas!!!! Eu já gosto muito de você!!!!
Beijos carinhosos!
Kika