O que penso do impeachment

Os últimos anos de governo petistas mergulharam o Brasil na mais profunda crise econômica, política e moral de sua história. Somos um país sem líder, sem governo, sem rumo. Somos um país achacado, envergonhado, irado, com tanta robalheira, tando descaso, tanta mentira.

Acredito sinceramente que Dilma Roussef não tem - nem nunca teve -  condição, nem competência para comandar essa nau à deriva. E quanto a  Lula, esse deveria estar atrás das grades. E lá ficar, ao lado de José Dirceu, Marcos Valério   e todo o resto de trambiqueiros que espoliaram a nação.

Mas ... pasmem: não sou 100% favorável ao impeachment. Não porque quero Dilma, Deus me livre! Tenho horror a ela! Mas porque duas questões me atormentam já há algum tempo: Primeiro, porque a solução Temer, para mim, é tão abominável quanto Dilma e sua turma. Temer é político do tempo do onça. Cresceu na política ao lado da prática da corrupção. Viu-a nascer, crescer e, sim, fez parte do processo.  Temer representa o que há de pior na política: a absoluta falta de ideologismo. O PMDB faz a política mais odiosa: a política do proveito próprio. Para mim, Temer está lado a lado a Sarney, Renan Calheiros, Eduardo Cunha, Lobão, Collor. Um bando de coronéis Saruês, que já deviam ter sido banidos do cenário nacional. 

O outro ponto que me atormenta em relação ao impeachment é que, embora o discurso antecipado de Temer tenha sido de esperança, a verdade é que a curto prazo, não há esperança. Converse com qualquer analista lúcido e pouco apaixonado! Converse com qualquer cientista política de peso.

 Se a visão de Temer é que que, com a mudança os investimentos virão, das duas uma: ou ele é ingênuo ou não sabe o tamanho da crise, o que é mais assustador ainda. Miriam Leitão hoje em seu programa da CBN disse a mesma coisa: a curto prazo, nem um milagre muda o país. As empresas estão quebradas, os Fundos de Pensão estão quebrados. O varejo está a um passo do colapso. As industrias estão desacreditadas. Os estados estão quebrados. Os bancos estão ficando apavorados. As famílias nunca se endividaram tanto. Nem inflação vamos ter, já que não há consumo. Nós mineiros, sentimos pouco, porque somos um Estado inchado de funcionários públicos, que vivem as custas do estado. Mas vá a SP ou converse com quem trabalha no mercado financeiro do RJ ou da Bahia: estamos à beira de um abismo. E nem Temer, nem ninguém, vai nos tirar de lá nos próximos anos. Serão anos duros. De guerra. E se Temer assumir, ele não vai levar o país aos seus anos de prosperidade. Fato. E aí, o pior dos pesadelos me assombra: Lula em 2018! 

Lula e sua corja serão eleitos pelo povo cansado de sofrer, pelo povo que precisa se iludir, pelo povo desinformado, pelo povo que viu a vida melhorar com todas as Bolsas Famílias, pelo povo que não queria o impeachment, pelo povo que quer TV de tela plana, quer saúde, quer ônibus, quer celular, quer bolsa gás, quer vale-qualquer coisa.

Lula virá. Virá grande, forte e nos braços do povo. E será impossível para nós, tirá-lo de lá.