Fim de papo.

Pobre Marcela Temer. Quando ela poderia imaginar que viraria motivo de tanta chacota, piadinhas e memes?
O tema Bela, Recatada e do Lar bombou as redes sociais e nas conversas. Até a prestigiada e séria BBC de Londres, quis entender porque ser chamada desses 3 adjetivos era considerado para algumas mulheres uma ofensa e para outras um elogio. Simples. Porque ainda existem no Brasil, e no mundo, esses 2 tipos de mulheres! Ainda bem!!!!!!!!

O que é ser Do Lar? É se dedicar às tarefas domésticas ou é manter um lar funcionando em harmonia? Me desculpem, mas eu trabalho muito e sou Do Lar! Cuido da minha casa e da minha família. E o que é ser bela? Depende. A bela para mim, pode não ser bela para você. E o que é o recato? Usar saia na altura do joelho? Pode ser que não, já que existem mulheres que usam vestidos longos e tem um comportamento de Judas.
Conheço mulheres incríveis, que trabalham 12 horas por dia e a casa delas funciona como um relógio! E conheço outras que não fazem absolutamente nada e a casa só fica arrumada porque a faxineira faz o serviço. Conheço outras que são belas, mas tem zero de recato e o lar é uma bagunça! E conheço outras que não são belas, mas são atuantes em sua comunidade e construíram um império. E conheço outras ainda que não ganham salário, mas trabalham como uma moura pelo seu lar e pelo outro. E conheço algumas que não são recatadas, mas são incríveis e outras que são recatadíssimas e não fazem a menor diferença na vida de ninguém. As mulheres são muitas, pensam diferentes, querem vidas diferentes, escolhem diferente. Pessoalmente sempre tive mais admiração pelas mulheres que trabalham (não necessariamente fora, mas que produzem alguma coisa, são úteis á sua comunidade), cuidam da família e se dão ao respeito. Mas existem as que não querem viver assim e fazem outras escolhas. Existem as que não querem trabalhar, as que não são recatadas, as que não querem ser belas e por aí vai.

O que não cabe mais no mundo de hoje é rotular a mulher. A mulher conquistou com sangue, suor e lágrimas escolher o seu destino. Não aceitamos mais rótulos, nem formatos. Não aceitamos mais cabrestos de termos que viver como os outros querem ou acham que é o certo. A mulher luta, lutou e lutará pela liberdade de poder escolher se quer ser do lar, ou não. Se quer ser recatada, ou não. Se quer ser bela, ou não.
As mulheres querem ser o que elas quiserem! Querem ter o poder e o direito de decidir. E nos respeitem, queridos e queridas, porque nossas escolhas são soberanas, são nossas e ninguém tasca. Escolhemos e aguentamos firmes as consequências.  E tenho dito!