Quem viver, verá.

A Abril anunciou que vai parar de editar a revista Playboy. É o fim de uma era, não só daquela que fez por décadas a alegria dos rapazes, mas também é o fim da era de ouro das revistas de um modo geral.
A mídia impressa passa por uma reformulação sem precedentes em sua história. A circulação das revistas caiu drasticamente, e junto com ela os anunciantes. As vendas em bancas estão em declínio e diversos títulos já foram extintos.
Culpa das próprias revistas? Pessoalmente acho que não. O que aconteceu foi uma grande ´´injustiça´´.  Com o advento da internet a luta ficou desigual. No caso específico da Playboy,  para que sair de casa, ir até a banca e pagar uma revista que custa quase R$15,00, se com um clique na internet os homens encontram tudo o que procuram? Tudo e muito - mas muito - mais,  diga-se de passagem. A sedução ficou muito fácil, explícita e quase banal.
Quanto as outras publicações, o que acontece é exatamente a mesma coisa.  Para que comprar a assinatura de uma revista, esperar um mês para ela chegar, se no seu blog ou site preferido tem praticamente todas as informações todos os dias? Rápido e ... de graça!
Este blog, por exemplo. Fora o meu tempo, ele não tem custo.  E o número de leitores supera em milhares o de grandes publicações que tem centenas de funcionários, pagam impostos, contratam bons profissionais, etc. Uma concorrência injusta e desigual, mas quase impossível de ser combatida.
O conceito de revista está mudando. O que é uma revista hoje? Este blog é uma revista? Revista é apenas o que é impresso? De onde vem a informação que queremos? O que é confiável? Quem é uma editora de moda hoje? E quem é um jornalista? Quem é o formador de opinião? Quem vende o seu produto? O que, onde e como você quer ver, ler e ouvir?
Vivemos hoje uma era de transição das mídias, dos jornais, da TV, das comunicações de um modo geral.
Quem viver, verá.