Votada pela Câmara (tô falando que esse Cunha tem que sair!), a nova lei de Resposta dá ao cidadão que se sentir ofendido com qualquer texto ou reportagem, o direito de se defender usando o mesmo meio de comunicação e o mesmo tempo dedicado à crítica ou matéria.
Na prática isso quer dizer o seguinte: o Jornal Nacional, por exemplo, passaria metade de seu tempo tendo que publicar notas de deputados, senadores ou sei lá mais quem, se defendendo! Ou o Estadão teria que ter o dobro de número de páginas, já que todos iriam querer uma brechinha para propaganda gratuita! Em resumo: a nova lei é na verdade um golpe dura à liberdade de expressão e ao direito da imprensa de noticiar os fatos. Uma paulada na democracia.
E a nova lei já começou a fazer ondas. O nobre político Delcídio Amaral, do PT, foi o primeiro a se valer dela para ameaçar o jornal A Folha de São Paulo. Em depoimento, o lobista Fernando Baiano, afirmou ter pago propina a Delcídio por meio de um suposto amigo de infância. A Folha foi confirmar com o político se era verdade. Delcídio então, ameaçou o repórter com a nova lei: se a Folha publicasse alguma coisa a respeito, ele recorreria à lei da Resposta! A mesma ameaça ele fez ao jornal O Globo. Claro que o parlamentar tem todo o direito de se sentir ofendido ou alegar inocência, para isso existe a justiça. O que não quer dizer que os jornais não tenham o direito de publicar o fato.
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