Ainda Assim, Ela Se Levantou. E Lutou.

Ela nasceu pobre e negra num Estados Unidos onde os negros tinham que usar banheiros e escolas separados dos brancos. Foi morar com a avó materna quando tinha 3 anos e aos 7 foi violentada pelo namorado da mãe. Traumatizada, ficou 5 anos em falar.

Foi dançarina de nigtclub, dirigiu um ônibus escolar, deu aulas, trabalhou em restaurantes. Fez de tudo um pouco, na luta por um lugar ao sol.

Escreveu seu primeiro livro Eu Sei Porque o Pássaro Canta na Gaiola,   relato mordaz da discriminação racial nos EUA, em 1969. Virou um sucesso. Escreveu músicas, roteiro para filmes, livros de poesias.

Foi companheira de luta e ação de Martin Luther King e Malcon X. Defendeu com unhas, dentes e com a própria liberdade, o fim da segregação racial. Suas memórias, Carta a Minha Filha, ficou anos na lista dos mais vendidos. 

Em 1993 leu um belo e emocionante discurso na posse de Bill Clinton. Foi aplaudida de pé.

Barack Obama a condecorou com a Medalha da Liberdade, a mais alta honraria que um civil pode receber. 

Maya Angelou morreu ontem, aos 86 anos, em sua casa na Carolina do Norte. Obama chorou quando soube da morte da escritora. Eu também.

´´ Você pode me fuzilar com palavras

E me retalhar com seu olhar

Pode me matar com seu ódio

Ainda assim, como o ar, eu vou me levantar.´´

do livro de Maya Angelou, Ainda Assim, Eu Vou Me Levantar