A vida como ela é

Uma professora, Maria, de 33 anos, foi presa acusada de bater no filho de 8 anos porque este não fez o Para Casa.
Além do menino, ela tem mais duas filhas, uma de 10 e uma de 3 anos, e foi denunciada pela ex-sogra que vendo os hematomas no neto, chamou a polícia. À delegada, o menino contou que mãe ficou muito nervosa porque ele não fez a lição e também não arrumou a casa como ela pedira.
Maria é separada do pai dos meninos, que além de não pagar a pensão também não os pega nos fins de semana combinados, por isso as crianças vão para a casa da avó. Há tempos que ela tenta, sem sucesso, pedir ao ex-marido que participe mais da vida das crianças. Para manter a casa, um apartamento de 2 quartos, Maria trabalha como professora em dois turnos, saindo cedo e chegando em casa de noite.

Maria pagou a fiança de 726,00 ( o único dinheiro que tinha na poupança), e terá o acompanhamento de uma assistente social. O marido continua sem pagar a pensão e sem ter a obrigação legal de participar da vida dos filhos. A sogra vai continuar pegando os netos de 15 em 15 dias, já que filho não o faz.
E o menino, o único inocente da história toda, o único que não consegue escolher por si próprio como levar vida, o único que não sabe se defender sozinho, e que não pode obrigar aqueles que deveriam cuidar dele a serem responsáveis, continuará com os hematomas no corpo e na alma.

Que mundo é esse que fizemos ?






P.S. a história é real e aconteceu em BH num bairro de classe média. Maria é um nome inventado.



3 comentários:

Anônimo disse...

A divulgação do fato é importante. Alerta para muitas Marias que estão do nosso lado que precisam de apoio.

Anônimo disse...

Lamentável! dolorido! o triste é que Maria não é a única e nem será a última. falta informação, falta amparo, falta preparo, falta dinheiro, falta paciência, falta amor, falta, falta, falta..... se houvesse o mínimo, evitaríamos outras Marias.
bjs da Clau

Kika Gontijo disse...

Anônimo de cima!
É verdade... quantas e quantas Marias estão bem ao nosso lado e precisando de ajuda?
Beijos carinhosos,
Kika