Anna e o Clube

´´E ninguém se importava. ´´ Essa é a frase mais dita de Eu, Anna, nosso livro do Clube do Livro. Eu, Fabiana e Clíssia não gostamos nem um pouco deste romance cinza, sombrio, desesperançado, sórdido. Mas fomos voto vencido. A grande maioria gostou bastante. Cada uma por um motivo particular. 

E essa é a grande sacada do nosso Clube. São mulheres diferentes, com vidas diferentes e que pensam diferente. Esse aprendizado é que nos faz crescer.

O livro é bem escrito, de fato. Mas a história é triste e deprimente e no fim, pelo menos para mim, fica a impressão de que o mundo não tem perdão. Que a vida jamais será alegre. Que o sol jamais vai nascer. Um horror, até porque a vida não é assim. Se fosse, qual a graça de se levantar todos os dias de manhã? Para quer lutar e se esforçar? Para que, então, termos força para superar as adversidades? 

Neste momento, por exemplo, escrevo essas mal traçadas linhas olhando para a água, as flores e o céu da minha fazenda. Como assim a vida é tão sombria? Não, ela não é sombria, nem cinza. Nós é que a fazemos assim. São nossos olhos que enxergam do cinza ao vermelho. 

A solidão humana, o egoísmo de só se preocupar com si mesmo. A falta de garra para se levantar e seguir em frente, a ausência sombria de Deus e o pouco amor ao próximo são descritos com precisão neste livro. Uma lição sobre com não levar a vida.

Mas tirando Anna e sua depressão, o nosso Clube foi como sempre perfeito e enriquecedor. E nossas novas ´´colegas´´ só acrescentaram. Lili, tão inteligente e articulada. Valéria com sua experiência e sensibilidade e Karina, que ama uma boa tragédia grega.

E assim vamos aprendendo que a vida é isso. Aprender sempre. 

Thanks, meninas! Vocês são demais!!!!!!

Já pensou se o GNT nos descobre? Vão fazer conosco uma série muito mais incrível que Seção de Terapia!