As cores da pele de Adriana Varejão

Dos artistas contemporâneos brasileiros, nenhum se compara a Adriana Varejão, no que diz respeito a capacidade de se reinventar e surpreender a cada novo trabalho. Geralmente, o artista contemporâneo se firma em um único estilo e ponto (haja visto Beatriz Milhazes e Vic Muniz). Adriana não. Ela vai além do óbvio. Sou louca pela sua obra e pelo seu estilo.

Seu novo trabalho, que está exposto na galeria Fortes Vilaça, trata de um tema incômodo, o racismo no Brasil.

Usando as cores descritas pelo povo em uma pesquisa do governo de 1970, Adriana percebeu que poucos se disseram negros. ´´Branco-queimado, encerado, morena- canela, rosa...´´. Eram essas as cores declaradas. E usando essas cores, a artista criou uma série de auto-retratos belos e incríveis.

´´Ela é uma detonadora de histórias´´, diz a antropóloga Lilia Moritz, que investiga a obra de Adriana. 

Pois eu acho que ela é um gênio! Como os grandes da história.