Ai Weiwei está na minha lista de artistas preferidos.
Nem tanto pela sua obra. Não sou uma admiradora da arte contemporânea, prefiro o que eu consigo entender. Não gosto de arte que precisa de manual de instrução ou bula. Arte contemporânea, com algumas exceções, precisa das duas coisas e ainda de um guia! Enfim, gosto de Weiwei pela sua biografia. Pela sua coragem em enfrentar um regime ditatorial cruel, pelo esforço em levar sua arte através das Grandes Muralhas sufocantes, pela insistência em dar voz a quem teve a garganta cortada. Prefiro sempre os rebeldes e revolucionários aos apáticos, convencionais e conformados.
Em outubro, Weiwei ganha uma extraordinária exposição em SP. As peças estão sendo produzidas em atelies no Brasil. São abacaxis, fruta do conde, dendê, que farão parte da mostra do chinês. Atelies de cerâmicas em Cotia, Juazeiro e São Caetano do Sul estão produzindo as ideias loucas do talentoso artista. Os pais de Weiwei o trouxeram ainda garoto ao Brasil para conhecer Jorge Amado. A paixão pelo país vem daí. Sua exposição carrega parte dessa admiração.
Dia 20, na Oca. Simplesmente imperdível.
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