Segundo eles, o Brasil é a única democracia no mundo, onde a publicação de biografias depende de prévia autorização do biografado. E mesmo assim, ainda existem casos onde o biografado se sente prejudicado e manda recolher o livro das prateleiras, como é o caso de nossa sensível estrela, Roberto Carlos, que já fez isso com dois livros.
O que os intelectuais alegam é que a partir do momento em que um pessoa se torna um personagem, ou seja, público, sua história precisa ser contada, ajudando assim a ´´consolidar um patrimônio de símbolos e tradições nacionais´´. E completam dizendo que ´´é apropriado que a lei proteja o direito á privacidade´´, sim, ´´mas que esse direito deve ser complementado pela proteção do acesso às informações de relevância para a coletividade´´ em se tratando de pessoas que tomaram dimensões públicas, que se tornaram protagonistas da história, como chefes de Estado, lideranças políticas, nomes das artes, (como é o caso de RC), da ciência e dos esportes.
Resumindo, é o seguinte: se alguém por algum feito ou merecimento se torna um personagem, sua história pode e deve ser contada, ainda que não o agrade. É o preço de se tornar um figura pública.
No nosso mundo cotidiano isso também vale. A partir do momento que expomos nossa vida privada, propiciamos aos outros que falem dela. Por exemplo, eu tenho um blog onde posso escrever e postar o que penso e quero. Azar o meu. Dou o direito
às pessoas de dizerem também o pensam de mim. Se eu ficasse quieta no meu canto, isso não aconteceria.
Nesses tempos de redes sociais (Face, Instagram, etc, etc) já reparei que, numa roda de pessoas que falam da vida alheia, sempre sobra para aquela que mais se expõe. E sobra com força, é fato. Da mesma maneira das pessoas públicas, quanto mais nos expomos, mais públicas nos tornamos e mais chance temos de sermos julgadas e comentadas. Ah, e como somos! Simples assim.