Dizem que Edward Hooper está para as telas o que F. Scott Fitzgerald está para o cinema: ninguém retratou melhor a solidão do americano, e a decadência de sua sociedade, do que os dois.
Sou louca pela obra de Hopper! Como minha imaginação não tem limites (o que me causa muitos problemas ...), cada vez que olho para um quadro dele já começo a imaginar as histórias possíveis:
´´Mulher na Cafeteria´´, por exemplo: já imagino que o nome dela deve ser Sarah, que ela é uma secretária que mora no Brooklin, trabalha na Madison, e divide o apartamento pequeno com uma amiga. O dinheiro da moça é contado, seu casaco é de segunda mão e ela tem um caso com um colega de trabalho que é casado. E neste dia em especial, Sarah ...
A- há! Viu como Hopper é uma infinita fonte de histórias tristes?
As histórias podem até ser tristes, mas o preço de uma obra de Hopper é incalculável, incomprável e invendável!
Sua icônica tela East Wind Over Weehawken - a sequência de casinhas sendo vendidas em NewJersey - bateu o recorde da Christie´s e foi vendida por nada menos que U$ 40 milhões!
A obra de Hopper está mais atual do que nunca, porque, embora tenha pintado o americano comum das décadas de 20, 30 e 40, nunca, as pessoas se sentiram tão solitárias.
Em O Grande Gatsby, Fitzgerald mostra um Jay Gatsby rodeado de ´´amigos´´, festas faraônicas, bajulação e muita bebida. Mas absolutamente solitário. Hopper, em seus quadros, mostra a mesma coisa: o terrível vazio da vida das pessoas alienadas em si mesmas, sem ligações afetivas desinteressadas, embora cercadas de tantas pessoas ao alcance de um click.
Ah, sim. Tudo isso é para contar que, primeiro, amo muito a obra de Hopper! Queria ter um quadro na minha sala. Dele, iriam sair histórias inimagináveis!
E segundo, porque o Arte 1 vai passar um documentário muito bacana sobre sua vida e obra.
Simplesmente imperdível!
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