Diante da tragédia em Paris algumas coisas me comovem, outras me assustam.
Me assusta ouvir a radical Marine Le Pen e suas ideias de extrema direita se levantarem como uma força política. Marine é uma defensora feroz da pena de morte, do fechamento das fronteiras européias aos estrangeiros, do tratamento intolerante aos emigrantes. Não gosto dela nem de seus ideais. Não é de radicalismo, nem intolerância que o mundo precisa agora.
E me comove a emocionante solidariedade do povo francês e de todo o mundo aos mortos pelo atentado, e as manifestações impressionantes de apoio à liberdade de expressão. Os jornalistas, instituições e empresas ao redor do mundo se mobilizaram para manter o Chalie Hebdo funcionando, as pessoas vão as ruas, enchem os parques e praças, e de todos os quatro cantos do planeta chegam mensagens de apoio e coragem aos franceses e aqueles que fazem de sua arte uma forma de protesto.
Somos todos Charlie. E somos todos irmãos, sem distinção de raça, credo ou cor. O que nos difere é apenas o que levamos dentro do coração: amor ou ódio.
4 comentários:
Muito bem Kika !
Je ne suis pas Charlie.
Vale a leitura:
http://emtomdemimimi.blogspot.com.br/2015/01/je-ne-suis-pas-charlie.html
O texto do link acima merece, MUITO, ser lido.
Essa é a diferença entre um país civilizado e culturalmente evoluído do nosso Brasil, onde a população somente se mobiliza contra o aumento das tarifas dos transportes públicos, LAMENTÁVEL!
Eu não concordo com você Anônimo das 09:50. Não falta protesto no Brasil. As ruas são bloqueadas por moradores que não tem agua , saneamento básico e até por falta de estrutura das escolas públicas. Já vi manifestação em apoio às vítimas de homicidios. Por que será que o clamor desse povo não é ouvido nem visto por cidadãos como você?
Postar um comentário