Aracy casou-se cedo com o alemão Johann Eduard Ludwig Tess com quem teve um filho. O casamento foi um fracasso e ela então, se separou, numa época em que o divórcio nem existia. Inteligente, culta e esforçada, Aracy, que falava 5 línguas, tratou de ir trabalhar. Mudou-se para Hamburgo na Alemanha e trabalhou no consulado brasileiro. A Segunda Guerra estava no auge e a perseguição aos judeus chocava o mundo. A jovem Aracy, arriscando a vida, emitiu secretamente vistos e passaportes ajudando a salvar centenas de judeus, tirando-os da Alemanha nazista. Seu esforço e coragem a fizeram ficar conhecida como Anjo de Hamburgo.
Aracy é a única brasileira inscrita na Avenida dos Justos entre as Nações, que fica dentro do Museu do Holocausto em Jerusalém.
Quando ainda trabalhava no consulado, conheceu o escritor João Guimarães Rosa. Os dois se apaixonaram e decidiram voltar ao Brasil. Mas não foi fácil. O casal foi detido e ficou 4 meses sob a custódia do governo alemão. Longe da Alemanha, Aracy e Rosa se casaram no México, já que ela era separada e o divórcio não existia no Brasil.
O clássico Grande Sertões Veredas foi dedicado a ela.
Mas sua história não acaba aí. O Arte1 traz a biografia “Esse Viver Ninguém Me Tira” onde parte da vida de Aracy é contada.
Imperdível.
Um comentário:
Leia a correspondência do seu avô Pedro com o Joao Rosa, onde Aracy parece sempre com muita simpatia do seu avô.
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