Colecionar ou acumular?

O decreto 8.124 está dando o que falar. O mundo das artes está dividido e não se fala em outra coisa.
O tal decreto autoriza o Instituto Brasileiro de Museus a declarar uma obra de arte de interesse público. Ou seja, pelo novo decreto o Abaporu de Tarsila do Amaral não poderia sair do Brasil,  por exemplo.

Galeristas, artistas, negociadores, colecionadores e interessados em arte de um modo geral, estão divididos. De um lado, uma turma alega que com o decreto as obras de arte deixam de ser privadas, passam a pertencer ao Estado. Caberá ao governo controlar o destino de um quadro ou uma escultura.
Do outro lado, outra turma, como Angelo Oswaldo,  afirma que na verdade o que se quer é proteger as obras de arte, como se faz com um bem tombado. Segundo ele, um conselho irá analisar se a obra é de interesse público ou não.

Angela Gutierrez, uma das maiores colecionadoras de arte do país, é mais lúcida: como boa mineira, prega a calma. Angela acha que é preciso prudência, saber ouvir ambas as partes e principalmente, ter conhecimento do Decreto na íntegra.


Bom, mas o fato é que o assunto ainda vai dar pano pra manga. O que está em jogo é muito valioso para cada um dos que os possuí (colecionadores, artistas, galeristas),  e para nós, brasileiros, que esperamos sim, que o Estado conserve e proteja nosso patrimônio cultural, coisa, aliás que ele não tem feito, haja visto o abandono de alguns de nossos mais preciosos bens arquitetônicos, culturais e artísticos.








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