Ontem, eu fui ao velório e enterro da Lara, uma coleguinha do meu filho mais velho de 13 anos, que morreu num acidente de carro.
Um dia trágico. Para não se esquecer. Mas também um dia que me deixou emocionada, quando vi todos os colegas de sala da Lara reunidos desde cedo no velório, querendo participar, consolando-se uns ao outros, confortando a família, falando da tristeza e das dúvidas, amparando os que choravam mais.
Participaram de tudo, escreveram mensagens, fizeram cartazes, camisetas. Abraçaram a mãe e a família da Lara. E ficaram até o fim. Firmes.
Penso que eles cresceram muito naquele momento. Aprenderam de uma maneira difícil, algo que nós, adultos, demoramos para aprender. E as vezes não aprendemos nunca. Que para termos relações duradouras e verdadeiras na vida, é preciso estar junto. Na alegria e na tristeza. É preciso sacrifício, nem sempre agradáveis, nem sempre fáceis. É preciso participar, confortar, acalentar, chorar junto, sorrir junto, conviver com as dificuldades e com as facilidades. É não viver á parte. É estar presente. Amor e amizade não são só sentimentos. São atitudes.
E tenho certeza, que nesse episódio trágico, esses garotos sairam mais fortes, melhores e mais amigos.
6 comentários:
Kika,
ontem fiz a de couve flor e é uma delícia!!!
bjs,
Patrícia
Kika,
me desculpe, coloquei a mensagem no lugar errado. Perdão
Patrícia
Comecei a ler o texto e fiquei emocionada. Os olhos cheios d´água!!!!!
Lindo.
Kika, estou muito emocionado com seu texto. Muito mesmo. Descobri seu blog há pouco tempo e, desde então, passo por aqui diarimente, as vezes mais de duas vezes por dia. Comentei em outro post que sou ex aluno do Santa Dorotéia. Sou maluco, loucamente apaixonado por aquela escola, que me deu tudo de que eu precisava em um momento difícil da minha vida. Sei que o mesmo amparo é dado agora a família e aos coleginhas de Lara. Certamente esses jovens aprenderam muito (e ainda hão de vivenciar experiências inesquecíveis dentro da sala de aula)em decorrência desse fato. Que pena que aprenderam cedo com a dor. Mas que bom que a dor se converteu em um efetivo exercício de amor. Esteja certa de que seu filho e os colegas dele são pessoas melhores, mais fortes, mais preparadas para driblar adversidades e aproveitar alegrias. No dia de Nossa Senhora de Fátima, peço a Ela, Mãe de todas as mães, que confortem não somente a mãe de Lara, mas todas as pessoas que, de alguma forma, se sentiram tocadas por esse drama. Que Ela não nos dê explicações, até porque isso ainda não conseguiremos compreender, mas que nos dê a oportunidade de ver que essa menina agora é um anjo, capaz de olhar sua famíla e seus amigos. Que lindo seu texto! Que linda sua atitude de abrir espaço no blog para comentários assim. Atitudes como a sua devem ser reverenciadas. Parabéns pela manifestação; você merece.
Bacana o texto do João Paulo.
Parabéns pela exposição e depoimento.
Parabéns João Paulo. Gosto muito dos seus comentários!!
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