Slim Keith



The golden girl. Era assim que as revistas e jornais se referiam a bela Nancy Keith. Os amigos a chamavam de Slim.

Slim era a típica garota da califórnia: alta, atlética, loura e bronzeada.
Filha de uma rica família de Salinas na Califórnia, Slim era considerada a rebelde. 
Não estudou, descartou todos os maridos que a mãe zelosa tentou conseguir e lá se foi  para São Francisco ser modelo. Em seu primeiro trabalho foi capa da Haper's Bazaar. E todo mundo queria saber quem era aquela moça bronzeada.











Em dois tempos, Slim se mudava para Nova York, onde derretia corações (geralmente de homens casados), despertava a ira das mulheres (geralmente as donas de casa), estampava capas de revistas, era presença constante nas melhores festas e se misturava com a elite cultural e rica da Nova York dos anos 30. 


Descontraída, irreverente, alegre, animada e maravilhosa, Silm era tudo! 
Suspirando por ela ficaram  Gary Cooper (então o galã mais disputado do país), o mulherengo e bilionário Randolf Hearst, Cary Grant  e o homem do momento Ernest Hemingway.  E, claro, mais da metade dos homens que a conhecia.











Slim era inteligente e liberal. Deixava as mulheres caretonas loucas, porque ao invés de ficar conversando sobre filhos e roupas, ela preferia a companhia masculina. Jogava tênis, caçava, bebia e fumava charuto. 
Era sexy e usava decotes generosos ao mesmo tempo que tinha uma classe natural e uma elegância segura, típica de uma mulher bem nascida.

O primeiro casamento foi com o diretor de cinema mais badalado da época, Howard Hawks que ficou completamente apaixonado por ela. Os dois se casaram e tiveram uma filha, Kitty.









Mas, definitivamente, o casamento não se encaixava na vida de Slim. Seu temperamento livre não se acostumou com as exigências de ser uma esposa, ainda que Hawk lhe desce uma vida de sonhos. 
Slim era ''um cavalo selvagem'' como definiria Truman Capote, outro de seus admiradores. 
Infeliz, Slim pegou Kitty e fugiu para Havana, onde vivia Ernest Hemingway. No auge do seu sucesso e com a vida pessoal uma bagunça, Ernest e Slim combinavam muito.

Só que um dia, Ernest convidou um amigo, Leland Howard, um famoso, e charmoso, produtor da Broadway. Foi amor a primeira vista. O problema era que tanto Slim quanto Leland eram legalmente casados. A batalha nos tribunais pelo divórcio de ambos e as notas quentes nas colunas de fofocas, duraram anos. 
Slim e Leland se casaram em segredo. Os dois viveram muito bem até o dia em que Slim conheceu Frank Sinatra (então casado),  numa noite de bebida e música. Foi o fim do casamento dela e Slim passou a ser vista como uma mulher ''perigosa'' quando o assunto eram homens.

Para se resguardar, diziam alguns, ou porque realmente se apaixonou, diziam outros, Slim se casou pela terceira vez com um inglês sério e rico, Sir Kenneth Keith e passou a ser chamada, para inveja total de suas desafetas de  Lady Keith. Viveu com ele muitos anos até morrer de câncer no pulmão.








Dizem que o famoso filme de Truman Capote, Answers Prayers, foi inspirado em Slim. Ela não gostou nada disso e cortou relações com Capote. 

A vida imperfeita e glamourosa de Slim Keith está no livro de Annete Tapert. E numa série para a TV que a BBC começa a rodar em agosto, e a qual eu aguardo ansiosíssima!







4 comentários:

Anônimo disse...

Kika
amo quando vc conta essas historias. Fico so esperando para ver quando sai mais uma. Amo tb o seu blog e sem te conhecer tb me sinto sua amiga, rsrsrsrsrs.
Beijo
Carol

marinez disse...

eu tambem amo suas histórias! vou aguardar o seriado,avisa pra gente? bjs

Anônimo disse...

Kika é um E.T.!!! Pronto, cheguei a essa conclusão!!!
Queridas leitoras ,andem, andem muito e vejam se conseguem encontrar algum blog a altura....(eu já fiz, não encontrei nada)
Inteligência, cultura e informação, muito além do normal!!

Anônimo disse...

Kika,
Tudo o que disseram nesses comentários eu já sei há muito tempo, pois, sou aquela que te segue sempre!
A anônima que sempre comenta.
Um beijo