A número Um da minha lista de melhoras cantoras de todos os tempos é Nina Simone!
Imbatível, Insubstituível, Inigualável.
Eunice Waymon nasceu na Carolina do Norte no auge da segregação racial americana onde, para uma mulher negra, pobre e inconformada, viver não era fácil. Se destacar no mundo da música, também não. Para esse mundo, ela escolheu o nome de guerra: Nina Simone.
Pequenina, se recusou a cantar num evento enquanto seus pais não sentassem na primeira fila, coisa impensável na América dos anos 50 onde aos negros eram reservados apenas os lugares no fundo.
Talentosa como poucas, Nina não foi aceita na prestigiada Curtis Institute of Musica por ser negra. Isso a marcou para o resto da vida e fez dela a leoa que sempre foi quando se tratava de defender a liberdade civil. Corajosa, ousou cantar canções proibidas que falavam de um mundo livre dos preconceitos.
Sua arma eram o piano e a voz poderosa. Nina cantava com o coração e a alma. Nas suas músicas viam a dor da mulher que apanhava do marido, o sofrimento da mãe que vivia num país segregacionista e a coragem para lutar contra tudo isso.
Basta ouvir Sinnerman, Aint Go No/ I got Life e Little Suggar in my Bowl para saber que Nina vivia tudo o que cantava. Ela não era só a interprete. Era o personagem principal.
Um cantor é um contador de histórias e deve fazer com que acreditemos nessas histórias. Poucos cantores tem - ou tiveram - a capacidade de Nina de levar-nos ao seu mundo.
Para ouvir o clássico de Nina clique no play e aumente o som. Vale a pena.
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