Vou colocar as armaduras de São Jorge, porque vou levar flechada com este post:
Funcionários públicos!
Vocês sabiam que a média de salário para os aposentados no setor executivo do setor público é de R$9.000,00, enquanto a do setor privado é de R$1.200,00?
Vocês sabiam que o setor público gasta R$ 115 bilhões com 1 milhão de aposentados enquanto o setor privado gasta R$ 500 bilhões com 33 milhões de aposentados?
Resumindo: o sistema de aposentadoria do setor público deste país é a maior transferência de renda que existe: de pobre para rico! Do setor produtivo para o setor improdutivo! Nós, trabalhadores da classe média pagamos quase a integralidade do salário dos funcionários públicos que estão em casa!
Não somos o país das oportunidades. Somos o país do funcionalismo público!
E com raras exceções, um funcionalismo ineficiente, ultrapassado, pouco produtivo e mal pago. E isso em todas as suas esferas.
Os funcionários públicos tem seus salários garantidos e sua aposentadoria salvaguardada chova ou faça sol, e como isso é certo como a morte, os funcionários se tornam ineficientes, acomodados e resignados, o que leva o Brasil a ter uma serviço público da pior qualidade, com algumas exceções, é verdade. Antes que comecem a me crucificar, lembrem-se de que falei: há, sim, exceções! E que sim, os funcionários são mal pagos e muitas vezes desvalorizados, haja visto os médicos e professores.
O problema da aposentadoria no Brasil não é a aposentadoria em si. É o excesso de domínios do Estado, que mantem milhões de funcionários desnecessários, que nem sempre prestam um serviço de qualidade e recebem mesmo sem o faze-lo, de trabalhadores que não recebem de volta um serviço à altura. Em contra-partida, há setores do Estado onde faltam profissionais treinados, preparados e bem pagos para atender uma população que precisa do serviço público.
Lembrando sempre da máxima de que ´´não existe dinheiro público, todo dinheiro gasto pelo Estado é tirado da mesa de seus cidadãos´´, há alguma coisa muito errada neste país. Se os gráficos mostram que os aposentados do setor público aposentam-se cedo e recebem muito, quem está pagando? O Estado? Não, Cara Pálida! O Estado Não tem dinheiro! Quem paga é você, que trabalha como um mouro e nem sabe se vai poder se aposentar um dia!
Claro que há também o outro lado da moeda. Enquanto esferas do setor público recebem nababescamente e oferecem um trabalho pouco necessário,
há também aqueles funcionários essenciais, como médicos, professores e policiais, que são mal pagos e desvalorizados. Que trabalham em ambientes decadentes e arruinados, que não tem suporte ou apoio e que dão o melhor de si em suas funções e que na hora que forem finalmente se aposentar, não sabem se receberão seus rendimentos.
Há um erro nesta balança. E um erro grave que precisa ser corrigido o quanto antes, sob pena de continuarmos a ser um país injusto com os que trabalham duro e condescendente com os que produzem pouco.
Pronto, falei. Podem me atirar flechas!