Salve a Polícia Federal que tem feito um trabalho brilhante de livrar o Brasil de sua ´´carne pobre´´ seja nas grandes empresas, nas empreiteiras, nos frigoríficos e na política.
Porém ...
nem sempre o que perece, é.
A verdade é que a grande maioria dos que lidam com o agronegócio são de pessoas sérias, honestas, bem intencionadas e trabalhadoras.
E o Brasil tem evoluído muito neste setor, quem conhece o trabalho da Embrapa, por exemplo, sabe do que estou falando. Não é fácil ser um produtor do campo. As exigências são inúmeras, as oscilações do mercado são imprevisíveis e a mãe natureza, fundamental para quem lida com o meio rural, muitas vezes é caprichosa. Pode-se ganhar muito e perder tudo de um dia para o outro.
Para se conquistar o mercado que a carne brasileira conquistou, de respeito e confiança, são anos e anos de trabalho. E tudo pode ir por água abaixo em um único dia. Não são apenas os grandes frigoríficos que perdem. Perde o pequeno e médio produtor, perdem os empregos gerados no setor, perde a população inteira.
A Polícia Federal fez seu dever, de investigar de onde vinha o ´´mal cheiro´´. Ainda bem que temos uma PF eficiente! Segundo o delegado Grillo, que comandou as investigações conta que ´´foram dois anos de análise de fatos, desde utilização de papelão por essas empresas – até essas que já citei de grande porte (JBS e BRF) – para colocar esse tipo de situação em comidas, pra fazer enlatados, e outras coisas que podem prejudicar a saúde humana. Tudo isso mostra que o que interessa para esse grupo é o capitalismo, é o mercado, independente da saúde pública”, disse ele e continuou, “determinados produtos, cancerígenos até, em alguns casos, eram usados pra poder maquiar as características de um produto estragado ou com cheiro.”
Mas em qualquer setor existe a ´´carne podre´´, neste caso, fiscais gananciosos, empresários picaretas, funcionários mal intencionados. Estes precisam sim, serem investigados e punidos com toda a mão pesada da lei. Aliás, todo o setor de fiscalização merece uma boa faxina, com água sanitária!
A questão aqui é simples: descobrir exatamente qual é a carne podre e cortá-la de vez. Sem necessariamente riscar do mapa todo um setor que representa muito para o Brasil.
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