Marjorie Post

Marjorie Merriweather Post, ao longo de sua vida,  colecionou 3 coisas: jóias, maridos e livros. Não necessariamente nesta ordem.

Marjorie, nascida em 1887, era a única filha do bilionário americano Charles Willian Post, mais conhecido como C.W. Post, o Post dos cereais matinais que mais da metade dos americanos come pela manhã.

Quando o pai morreu, Marjorie tinha 27 anos, era recém casada e tinha duas filhas pequenas. Uma semana após os funerais, Marjorie assumia com pulso de ferro as empresas do pai.

Bilionária, Marjorie não fazia o estilo ''herdeira-mimada'', longe disso. Trabalhava duro, tratava com outros empresários de igual para igual (isso em 1915, onde lugar de mulher era do quarto para a cozinha), e era fascinada pelo mundo dos estudos e da educação. Tanto que fez uma doação sem igual e fundou a Universidade de Long Island, que leva o nome de seu pai. 

Marjorie, assim como os Rockefeller e Guguenhein, acreditava que a educação era o caminho para uma América próspera. 

Poderosa, Marjorie comprou e reformou uma das mais espetaculares casas de veraneio de que se tem notícia: Mar-a-Lago em Long Island. Um colosso de não sei quantos mil quartos, salas, piscinas, quadras, etc, e que hoje pertence a Donald Trump.

Ela adorava a propriedade, mas gostava mesmo de passar os seus dias pelo Campus da Universidade e trabalhar em seu gabinete.

Embora tenha se casado quatro vezes, seus divórcios acabavam sem grandes escândalos, e ela levava uma vida discreta. Ao contrário de outras colecionadoras de jóias, e de maridos, Marjorie não gostava de ganhar seus diamantes. Nada disso. Ela era uma Post, e ela mesma escolhia e pagava (a-do-ro essas mulheres!) por seus luxos.

Marjorie tinha preferência por esmeraldas e Cartier sabia disso. Seus broches e anéis com impressionantes esmeraldas colombianas eram de ofuscar os olhos! Um deles é a capa do livro da Cartier e não há uma pessoa que ame jóia que não conheça o famoso Post Brooch.

 Sua coleção é tão, mas tão fabulosa que boa parte está espalhadas por museus. 

Marjorie Post deixou um patrimônio incalculável em cultura, educação e arte.

 E mais importante, deixou expressamente claro que tudo pertencia ao povo americano. 

Não é o máximo essa herdeira?