O que querem as mulheres?

Hoje eu estava andando na Bandeirantes (a rua fica fechada aos domingos) e um grupo de mulheres estava à minha frente falando sobre... ah, adivinhem! Façam um esforço! Isso mesmo! Cinquente tons de cinza, claro.

Não vou contar o que elas comentaram, seria muita indiscrição, vai que alguma delas lê este blog...

O assunto do momento é a trilogia sexy. Até a revista Veja se rendeu e o livro é a capa desta semana.
Como literatura, achei o livro bem ruim. Fraco mesmo. Continuo preferindo minhas boas e velhas companheiras Sabrina e Rebecca, que são vendidas em qualquer banca e custam R$9,90!
Mas que Cinqueta Tons causou uma revolução, isso causou. E é impressionante ver como algumas mulheres estão infelizes quando o assunto são seus cinquenta tons, afinal elas se casaram com homens de verdade, com suas qualidades e defeitos e não com Christian Espetacular Grey. Se é que vocês me entendem...
Para mim, o que importa são os cinquenta tons de liberdade. A bem poucos anos atrás, ler um livro desses na espreguiçadeira do clube seria impossível. Madame Bovary era um escândalo, Anais Nin uma obscena e Nelson Rodrigues um devasso. Finalmente podermos ler e comentar um livro como Cinquenta Tons! E viva as feministas por isso. O livro  traz de volta a velha pergunta que paira desde sempre: afinal o que querem as mulheres?
Eu não faço a menor ideia...

Mas para aquelas que já sabem o que querem e adoraram o livro, tem um filme muito bom, no mesmo estilão do livro: Killing me Softly (ou Mate-me de Prazer), com Joseph Fiennes e Heather Graham. Um bom filme para, digamos, sábado á noite. Se é que vocês me entendem de novo.