Capital construído

Um  livro polêmico chega ao mercado este mês. ''Capital Erótico'', de Catherine Hakim lança uma questão no ar: porque não usarmos nosso Capital Erótico tanto na via pessoal quanto na profissional? Ah, sim, o nome é meio esquisito, Capital Erótico... acho que a tradução ficou estranha.
Na verdade o que a autora quer dizer é que capital erótico não é só beleza ou sexualidade: é ser articulada, dinâmica, descomplicada, ter competência para se vestir, ter carisma, charme e sex-appeal. O caráter multi-facetado do atributo faz com que ele seja acessível não só para quem já nasce com ele, mas, segundo Hakim, ele pode sim, ser construído. Com determinação, disciplina, trabalho duro e esforço. E vale à pena.
A autora cita os exemplos de Michele Obama, que não é linda, mas que ao longo de uma vida construiu uma imagem de solidez e confiança. E assim, aos olhos de muitos, ficou bela.
Mulheres como Demi Moore sabem que são lindas, não deixam a peteca cair e usam este atributo para lhe abrirem portas.
Christine Lagarde, a poderosa presidente do FMI, tem cabelos brancos, e um rosto quase feio. Mas é articulada, só usa tailler bem cortados, é vaidosa, dinâmica e tem vigor. Os homens e todo o mundo corporativo se derretem por ela. George Clooney ganhou o mundo não porque é uma excelente ator, mas porque tem charme  e carisma e não tem vergonha de usá-los.
David Beckham e Cacá  não são os melhores jogadores de futebol do mundo, mas são muito bem sucedidos fora dos campos, porque souberam valorizar a beleza e não escondê-la.

O polêmico livro de Catherine Hakim

O que o livro põe na mesa é que todos nós podemos e devemos usar não só nosso capital humano (inteligência) e social (os contatos), mas que nosso capital sedutor tem um valor econômico e pessoal imensurável e tão legítimo quanto qualquer conhecimento.


As ideias da autora podem ir de encontro aos velhos dogmas feministas, mas foi baseada em estudos coletados por mais de 20 anos de pesquisa da London Scholl of Economist.


No final é aquela velha frase: ''O mundo trata melhor quem se apresenta bem.''

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Nota do blog:  Tá vendo só!? Quando alguém reclamar que a gente liga muito para uma bolsinha, um sapatinho, um colar de pérolas, um creminho ou uma boa escova, temos uma ótima e consistente explicação:
estou construindo meu capital, ora essa!