Doris Duke, foi, até a sua morte, a mulher mais rica do mundo.
Única filha do magnata americano, James Buchnan Duke, Doris herdou, aos 12 anos de idade, com a morte do pai, uma fortuna.
Tão grande, mas tão grande, que a corte americana liberou a herança em etapas: Doris recebia U$100 milhões de dólares por ano.
Um exemplo clássico de que de que o só o dinheiro não traz felicidade, Doris não teve uma vida feliz.
Com tantos interesses à sua volta, foi uma adolescente solitária e angustiada.
Implorou aos diretores de suas empresas para que pudesse trabalhar. Em vão. Foi então que para espanto da sociedade, Doris se alistou com voluntária durante a Segunda Guerra Mundial e foi trabalhar numa cantina do exército. Ela disse depois que foi um dos melhores dias de sua vida.
Casou-se com o playboy americano, James Crownell. Um casamento difícil e tumultuado. Tiveram uma filha, Arden, que morreu dias depois do parto.
A separação veio a galope e Doris se refugiou no seu paraíso no Havaí. Uma casa deslumbrante, construída num penhasco, debruçada sobre o mar. Decorada com o que havia de mais luxuoso nos palácios orientais, Doris chamava o lugar de Shangrilá. Era o seu paraíso. Talvez o único.
Ela amava o Havaí. Se misturava aos nativos, surfava, plantava, se divertia. O livro Shangrilá tem fotos maravilhosas da casa, que foi totalmente conservada.
Foi então que conheceu outro bon vivant, Porfirio Rubirosa. Bonito e sedutor, Porfirio encantou a herdeira. Casaram-se logo. E claro, separaram-se logo depois.
Sua fortuna era tão grande, que seus casamentos eram acompanhados de perto pelo Departamento de Estado americano, que tinha medo que seus maridos usassem o dinheiro para fins políticos.
Doris passou os últimos anos de sua vida, entre Shangrilá e sua casa de Newsport ao lado do amigo e mordomo Bernard Lafferty. A história dessa polêmica amizade está no excelente filme Bernard and Doris, onde Susan Sarandon interpreta magistralmente a milionária solitária.
Doris Duke morreu aos 74 anos, sozinha, e suas cinzas foram jogadas no mar do Havaí e em frente a sua casa de Newport. Deixou boa parte de sua fortuna para as instituições de caridade que ela mantinha.
Bernard Lafferty foi o testamenteiro de uma fortuna sem herdeiros diretos.
Na cultura americana, Doris é chamada de a Pobre Menina Rica. Talvez, com razão.
5 comentários:
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