Fim. Três palavrinhas que fizeram nosso Clube do Livro pensar.
Fernanda Torres, a autora, foi unanimidade: a moça tem talento para a escrita. Já o livro foi aprovado pela metade e detestado por outra metade. No nosso Clube não existe o morno. Ame-o ou deixe-o!
Fim conta a história de um grupo de amigos que viveu no Rio de Janeiro, a plenos pulmões, os loucos anos 60 e 70, onde a liberdade sexual, o divórcio, as drogas, a loucura, eram o parâmetro para a felicidade. Usando uma linguagem quase masculina (´´adorável´´, segundo nossa Marquesa), (´´detestável´´, segundo outras duquesas), vocabulário coloquial e narrativa ágil, mesmo que não gostemos do enredo, Fernanda prende o leitor. E os leva para um fim triste, vazio e solitário.
Depois de um longo debate, muitos palpites, casos e experiências bem contadas, chegamos a conclusão que o fim de cada um deles foi o resumo da vida que escolheram viver.
Viveram tão intensamente a futilidade e a vontade de ser feliz a qualquer preço (e que preço), que acabaram sem raízes, sem amor, sem compaixão, sem família, sem respeito, sem nada.
Uma lição para os nossos tempos, onde o imediatismo e o hedonismo norteiam a nossa vida. Neste mundo onde os relacionamentos estão cada vez mais rasos e superficiais, o livro é quase um puxão de orelha. Fernanda, com sua perspicácia, experiência e sensibilidade, faz um paralelo entre as duas épocas. E graças ao nosso Clube, o puxão de orelha foi bem dado!
Meninas, vocês são incríveis! Cada encontro com vocês vale por vários livros de filosofia e por milhões de seções de terapia!
Love you!
2 comentários:
Comprei "FIM" no dia do consumidor (com desconto)...adorei a sua sinopse. será meu próximo. esse Clube é inspirador. amo esses posts. bjs kika... clau
Nas décadas de 60 e 70 para nós mineiros o Rio, além de ser o umbigo do Brasil nos parecia 50 anos a frente. Enquanto, nós mineiros eramos recatados e discretos o Rio era o FIM. A autora embora de outra geração soube muito bem descrever a vida, os valores, enfim uma busca desenfreada por emoções sem limites para tudo ¨se acabar numa sexta feira¨
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