Meu filho caçula, e seus amigos, resolveram jogar ovos e farinha num colega que aniversariava, mesmo sabendo que as normas da escola não permitiam esta brincadeira. É claro que foram pegos em flagrante (bem feito!) e levados para a direção. As opções eram a suspensão por 2 dias ou fazer vista grossa e dar só uma advertência - afinal era aniversário do colega, etc, etc. Eu, teria dado logo a suspensão! Mas a coordenadora, bem mais sensata do que eu, propôs uma pena alternativa. Explicou para os meninos que o fato de não poderem jogar ovos, não era uma forma de não comemorar o aniversário. O problema era o exemplo do desperdício de comida (eles compraram 2 dúzias de ovos e um saco de farinha!!!!!), e o fato de que nem todas as crianças tem espirito esportivo. Sendo assim, ela sugeriu que, como castigo, eles fizessem um bolo com os ingredientes que iriam desperdiçar. O bolo seria levado no dia seguinte para cantar o Parabéns e depois, seria compartilhado com os colegas. A casa escolhida para o ´´castigo´´ foi a minha e posso garantir que os quatro fizeram tudo sozinhos! A Lú deu a receita e desenformou o bolo, e só.
Eles aprenderam a lição, o amigo ganhou um bolo de aniversário (ao invés de ovada) e os colegas participaram de tudo.
Nada como o preparo da coordenadora para resolver uma situação conflituosa.
Isso é para contar que o Brasil precisa urgente de uma grande reforma na educação. Tanto na de base, quanto no ensino fundamental. Em 60 anos, o único avanço foi a implementação do Enem.
E para começar, o principal seria um forte investimento nos educadores, com melhores salários, treinos, cursos e investimentos na formação desses profissionais, tão necessários e muitas vezes tão pouco valorizados. Um bom educador e meio caminho andado para a formação de nossos filhos. A gente é que as vezes esquece disso.