Ah, as pérolas... delicadas, elegantes e femininas...
Pois foi um colar de pérolas de 3 voltas, que quase derrubou o Governo do ultra-conservador Harolda Mcmillan. Tudo por que a Duquesa de Argyll não tirava o seu colar do pescoço.
Querem saber a história? Vem comigo!
Ethel Margareth Wingham nasceu em berço de ouro. Filha única, mimada e cheia de vontades do bilionário escocês George Whigahm, Margareth era uma especie de itgirl da sociedade novaiorquina dos anos 30. Linda, sedutora e milionária, Margareth encantava vários pretendentes. Ao mesmo tempo.
A lista de suas conquistas ia do Príncipe Ali Aga Khan, ao playboy Max Aitken, passando pelo famoso milionário Glen Kidston. Margareth arrasava corações e seu pai achou por bem tirá-la de NY e apresentá-la à conservadora sociedade inglesa. No primeiro baile em Londres, só deu Maggy. E quem caiu no seu laço foi o jovem Charles Guy Fulke Greville, o Barão de Warwick. Mas a mocinha logo viu que não o amava e num momento easy rider, casou-se com Charles Swenny, um jogador de golfe mulherengo mas danado de bonito. O casal teve 2 filhos e veio o divórcio.
Linda, jovem e muito rica, Margareth estava livre para viver em liberdade, seduzir e namorar. E eram essas duas últimas atividades, os passatempos preferidos de Maggyzinha, se é que vocês me entendem...
Entre um romance e outro, Margareth conheceu e fisgou o Duque de Argyll, conhecido por ser um homem sério, discreto e muito rico. Pobre Duque. Margareth não fora talhada para a vida monogâmica. Muito pelo contrário. Traia o marido sistematicamente, em doses colossais e quase publicamente. Anotava suas escapadas e romances em um diário e seu boudoir em Mayfair era famoso. Enquanto isso, continuava sendo uma das dez mais de Londres. Ela era chique, inteligente e linda. Ninguém resistia a ela.
Foi então que o Duque cansou. Em 1958 entrou com um pedido de divórcio, um escândalo para a época. Diante do juiz, o Duque de Argyll alegou que sua bela esposa tivera 88 amantes enquanto era casada. Foi uma bomba! Entre os amantes de Lady Argyll estavam astros de Hollywood, Ministros e três membros da família Real.
A prova final: uma foto Polaroid, onde aparecia uma mulher numa posição, digamos, very hot, e um homem se deliciando. Se eu tiver que ser mais explícita, me avisem! A cabeça do homem e da mulher estavam cortadas e não apareciam nas imagens. Mas não houve problema em adivinhar quem era a mulher. E tudo por causa de seu indefectível colar de pérolas de 3 voltas, que Margareth teimava em usar todos os dias de sua vida.
A imprensa adorou o escândalo e a pergunta que não queria calar em toda Europa era: quem seria o Amante Sem Cabeça??? Casamentos foram arruinados, já que a maioria dos amantes de Lady Argyll era casado. Até o governo ficou na berlinda: um dos suspeitos de ser o Headless Lover era o então Ministro da Defesa que também era genro de ninguém menos que Winston Churchill. O governo fez de tudo para abafar o caso, incluindo aí até o MI6, o Serviço Secreto Britânico.
Foi uma novela, mais seguida e comentada do que Avenida Brasil.
Alguns meses depois, para total espanto e incredulidade da conservadora sociedade, e desespero do governo, descobriu-se que não era apenas um Amante Sem Cabeça, e sim, dois, que estavam se divertindo a valer no boudoir de Lady Argyll. Muitas perucas rodopiaram.
Margareth foi considerada culpada de adultério e depois se soube que quem entregou as fotos ao Duque fora sua filha.
Margareth nunca contou quem eram os amantes. Guardou muito bem o segredo, até quando, após um exame grafológico da letra no verso da Polaroid, foi identificado que um dos Sem Cabeça era Dougals Fairbanks, respeitável milionário americano. Quanto ao outro, nem uma palavra de Maggy.
O tempo passou e Margareth sentiu o impacto. Com o escandalo e o divóricio, ficou sem a fortuna e o título do Duque e os convites para as festas rarearam. Os amantes também não queriam se envolver.
Seus filhos, que já não eram muito próximos, se afastaram mais ainda. E quanto mais ela ficava sozinha, mais ela gastava. E o dinheiro da herança do pai foi se acabando também.
Margareth morreu pobre e sozinha, em uma casa de repouso. Dias antes de morrer, perguntada pela milionésima vez quem era o outro Sem Cabeça, Margareth, mais Margareth do que nunca, disse apenas: ''A única câmera Polaroid que existia naquela época pertencia ao Ministro da Defesa.''
5 comentários:
AMO ESSAS HISTORIAS. KIKA, VC DEVIA ESCREVER UM LIVRO SO COM SEUS CASOS1
IA SER UM SUCESO!
Kika, Tudo bem?
Sou uma anonima que sempre comenta.
De onde você tira essas histórias?
Essa foi a melhor!! Seu blog é ótimo. Me divirto horrores com você.
Um beijo,
Anonima que sempre comenta
ADOREIIIIII!!!
ADOREIIIIII!!!
É, e ai vem o ditado:
" Quem tudo quer tudo perde"...
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