Queremos Carine!

Baixada a poeira, já se sabe que não foram as fotos da menina maquiada que fizeram Carine Roitfeld deixar o cargo de diretora da Vogue Paris.
Aquilo foi só a gota d´água.












O fato é que Carine não se curvou diante das pressão do mercado da moda e nem da Condé Nast, detentora da marca Vogue.

Não aceitou cabrestos, nem deixou que a sua liberdade de pensar e trabalhar no que acreditava fosse cerceada (adoro essas mulheres corajosas!!!).
Quando foi posta contra a parede, ela disse não.
E abriu mão de um dos empregos mais desejados no mundo. Tudo pela liberté.


 


Francesa da gema, filha de pai cineasta e mãe professora, Carine sempre viveu à sua maneira. Ela sabe, como boa francesa, que a mulher é muito mais do que a aparência. É cérebro e coração.


Carine nunca trabalhou mais do que devia (como sua colega Anna Wintour da Vogue América, workaholic assumida). Nunca abriu mão dos fins de semana com a família.

Também não se rendeu ao último berro da moda (como Anna Dello Russo, a fashionistérrima da Vogue Japão). Ela usa o que gosta e o que lhe cai bem.

Não paparicava estilista, não usava a itbag do momento nem gostava de socialites que queriam se meter na Vogue.

Gosta de peles e as usa, não dando a menor pelota para os ecologistas enlouquecidos.

É vaidosa, se cuida e muito (o oposto de sua outra colega da Vogue Itália, a genial Franca Sozanni, que acha a vaidade uma bobagem)  mas mantém o rosto longe de plásticas e preenchimentos. Sabe que a beleza é importante. Mas também sabe exatamente até onde ela é realmente importante.
Não gosta e não apoia o mercado implacável dos cosméticos miraculosos que estão transformando as mulheres em caricaturas. E diz isso para quem quiser ouvir (para um editora de Vogue, isso é a morte!).







Linda, irreverente, chique, sexy, inteligente e divertida, Carine é ícone de estilo para mulheres que não querem parecer ter 20 anos (as francesas não tem essa bobagem), mas querem se sentir bem com a idade que tem.


Sua nora, Giovanna Battaglia, disse em recente entrevista que Carine é a mulher que ela gostaria de ser.
''Apesar de trabalhar no mundo da moda, não a segue, nem se deixa levar pelas aparências e pelo glamour. Por incrível que pareça, é ótima dona de casa, adora o trabalho, é mãezona dos dois filhos (Julia e Vladimir) e é casada com o mesmo marido, Christian Roitfeld,há mais de 30 anos.''












Com toda essa personalidade, o todo-poderoso da Conde Nast, Samuel Irwing Newhouse, o Si, gostava dela e fez tudo para que Carine ficasse no cargo. Mas ela tinha que ser mais mansa e aceitar as imposições. Carine não quis.
Foi substituída pela dócil e meio sem sal, Emanuelle Alt.

A Vogue Paris já sente a diferença. Está sem graça e sem pimenta.









Nós, fãs de Carine torcemos para sua volta ao mundo da moda, que com ela fica bem mais interessante.
Ela  disse que não quer fazer nada onde  não possa ser ela mesma.

Carine, ma chère amie, ser você mesma, é tudo o que o mundo superficial da moda precisa!



3 comentários:

Blog Tips and Trends disse...

Otimo texto.ADOREI
Silvia Amorim

Anônimo disse...

uau! vc tá impossivel, hein menininha! sucesso total!
love,
Daisy

Anônimo disse...

GENIAL! MELHOR QUE A PROPRIA VOGUE!
FRED