''Uma grande dica de como se vive hoje em dia em meio a tanta violência.
Estava eu caminhando em São Paulo, pelas ruas do Jardins, depois de tomar um farto café da manhã, ás 11 horas da manhã de um domingo. As pessoas faziam caminhada também, quando resolvi entrar na rua do meu hotel, na Haddock Lobo, pois o sol estava muito forte. Foi quando parou um carro do meu lado, e de dentro sairam 5 homens normais, bem vestidos. Dois deles foram para uma esquina e outros três me pararam e puseram uma arma na minha barriga, querendo o meu relógio. Imediatamente eu dei. Me mandaram voltar, ou seja, andar no caminho contrário ao do meu hotel! Eu fiquei com as pernas bambas, chorando, desesperada, quando um taxista me viu naquele estado e me levou ao hotel.
Aí eu pergunto: isso é vida?
Você não tem o direito de ter nada?
É justo você pagar uma coisa em várias prestações, com o dinheiro do seu trabalho e vir um vagabundo e simplesmente arrancar de você? Que mundo é esse?
Poderia ser pior, claro. Mas não podemos nos acostumar com isso! Não temos o direito de ter nada que gostamos? Mesmo que seja só material?
E mais, o que a gente via só no Jornal Nacional, está cada dia mais do nosso lado!
Beijos,
Jú''
10 comentários:
Jú,
Em São Paulo não dá para andar de relógio.
Temos que aproveitar enquanto dá para andar por aqui...
Você tem razão,a gente tem que fazer alguma coisa,o que não d´´a é a gente se conformar com a violência.
Um abraço,
Lina.
Se vc tivesse de carro também aconteceria a mesma coisa só que o ladrão estaria de moto, já vi um assalto assim na minha frente....
Agora ainda bem que vc está bem não sofreu outros tipos de violência.
Mas fazer o que?
Triste demais
ju,voce tem razao,as pessoas falam : nao pode andar de relogio em sao paulo!como se fosse normal.deveriamos poder andar sim de relogio em sao paulo,mas esse mundo ta ruim demais, decepcoes,violencia bem do nosso lado!e se a vida esta assim,temos que nos resguardar,pois mudar o mundo;nao vamos conseguir!que susto heim ju?bjs suzanna
Olha onde chegamos!!! Isso é um absurdo! Agora é normal vivermos com medo e deixarmos de ter as coisas. Imaginem...em São Paulo não podemos mais andar de relógio! Onde já se viu isso minha gente!Onde vamos parar?
Ju, vc se lembra que te contei, aconteceu o mesmo comigo aqui em SP e tb em Buenos Aires. Agora não posso nem ter um relógio pra ver as horas. Outro dia a Flavinha estava aqui em casa, iamos sair e eu disse a ela pra deixar o relógio em casa e ela me disse: Que exagero Gisa! Saimos e no cruzamento da Lorena com Rebouças bate um individuo no vidro e ela leva o maior susto! A sorte que o carro é blindado! Enfim é um absurdo, trabalhamos muito e não é justo isso! Fico revoltada e indignada!!!
Mas aí eu pergunto, temos que fazer alguma coisa. Mas o que??
Não andar de relogio?
Jú querida, espero que o susto já tenha passado. A violencia é de tal ordem que agora damos Graça a Deus: de termos perdido só um relógio, um carro, as coisas da nossa casa, as mochilas das crianças e estarmos com vida. Infelizmente este é mundo de agora. Muito triste e assustador.
Juliana, você tocou no ponto nevrálgico da questão. O problema não é estarmos em área nobilérrima de uma megalópole (sim, a Haddock Lobo, tanto do lado dos Jardins, quanto do lado central, é área nobre de SP) e corrermos riscos de segurança. O grande problema é termos cerceada a nossa liberdade de ir e vir no sentido de não mais podermos ter e usar aqueles bens materiais que, com esforço do trabalho, adquirimos e que, de uma forma ou de outra, nos trazem alegrias. Realmente, algo tem que ser feito. Mas eu pergunto: o que? quem? como? quando? onde? Dúvidas,dúvidas, dúvidas. Só espero que não chegue o tempo que poderemos usar roupas, sapatos, bolsas, jóias e acessórios refinados apenas dentro de casa. Sim, porque do jeito que as coisas andam, vai chegar um dia em que só poderemos exibir nas ruas os boletos de impostos devidamente quitados antes da data de vencimento. Sem menosprezar sua angústia, faço uso de um clichê: dos males, o menor. Você está salva, sã e habilitada a trabalhar e adquirir outros tantos relógios.
é isso mesmo,Joao Paulo,concordo em tudo com vc!E a pergunta que nao quer calar e que nao temos resposta:AONDE ISSO VAI PARAR?UM ABRACO ,
JULIANA
Ju,
como sempre suas colunas sao otimas.
Kika, estou amando o seu blog. Entro todos os dias.
Parabéns.
Ana Maria Neves
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