Em A Pérola que Rompeu a Concha (o nome não é lindo?????), Rahima e suas irmãs são filhas de um viciado em ópio. Como a grande maioria das mulheres que vivem sob o domínio do Talibã, a liberdade é uma palavra que elas desconhecem. Sair de casa, por exemplo, é quase um acontecimento raro. Ir á escola é algo impensável.
Sua única esperança é o antigo costume afegão do bacha posh, que permite à jovem Rahima vestir-se e ser tratada como um garoto até chegar à puberdade, ao período de se casar.
Como menino, ela poderá frequentar a escola, ir ao mercado, correr pelas ruas e até sustentar a casa, experimentando um tipo de liberdade antes inimaginável e que vai transformá-la para sempre.
Contudo, Rahima não é a primeira mulher da família a adotar esse costume tão singular. Um século antes, sua trisavó Shekiba, que ficou órfã devido a uma epidemia de cólera, salvou-se e construiu uma nova vida de maneira semelhante. A mudança deu início a uma jornada que a levou de uma existência de privações em uma vila rural à opulência do palácio do rei, na efervescente metrópole de Cabul.
A pérola que rompeu a concha entrelaça as histórias dessas duas mulheres extraordinárias que, apesar de separadas pelo tempo e pela distância, compartilham a coragem e vão em busca dos mesmos sonhos. Uma comovente história sobre impotência, destino e a busca pela liberdade de controlar os próprios caminhos.
Um comentário:
Kika, sigo sempre suas indicações de leitura. Assim, permita-me sugerir o livro "O PERFUME DA FOLHA DE CHÁ", da autora DINAH JEFFERIES, editado pela PARALELA. Penso que você vai gostar.
Postar um comentário