Para cada peso, uma medida.
É assim que estão se comportando os dirigentes do poderoso, polêmico e pouco transparente Sistema S, que aplaudiram de pé o fim do recolhimento obrigatório aos sindicatos e agora, obviamente, não querem que acabe o pagamento obrigatório dos empresários ao Sistema S!
Na verdade o Sistema S não passa de um sindicato patronal!
O Sistema S tem mais coisas boas que ruins, eu acho. Investe em educação, profissionalização e cultura. Tudo o que queremos, não é verdade? Em tese, sim. Mas como acontece com qualquer coisa onde há um montante monstruoso de dinheiro entrando obrigatoriamente, nem sempre esse recurso é usado de maneira eficiente.
O que o novo governo quer não é acabar com o Sesc, Senai, Sesi, etc, mas fazer com que a industria não seja obrigada a contribuir, o que tornaria menos oneroso a folha de pagamento dos empresários e obrigaria os gestores do Sistema S a serem muito mais eficientes com o dinheiro recebido.
Quase 7% da folha de uma empresa é para o Sistema S. É muito, mas muito dinheiro. Quase recolhido compulsoriamente, sem que o empresariado possa escolher para onde ele vai. Não existe política mais agressiva do que tributar o salário.
Na teoria, o dinheiro do Sistema S não é público, embora o governo seja o intermediário.
Na prática, o que se ouve é que a contribuição obrigatória é absurda, ´´é o tributo mais agressivo e injusto que temos´´, analisa Marcos Cintra, que chefiará a secretaria do Ministério da Economia.
Se queremos um país que avance em todos os setores, com eficiência e transparência, os cortes no Sistema S já vieram tarde!
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